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Inversão da 7 somente em Março

Ainda está em fase final de elaboração o Projeto Executivo que define as estratégias para a mudança no sentido do tráfego da avenida..

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Publicado: 23/01/2014 às 18h26min | Atualizado 28/04/2015 às 18h55min

inversaoAinda está em fase final de elaboração o Projeto Executivo que define as estratégias para a mudança no sentido do tráfego da avenida Sete de Setembro. Com isso, fica sem data definida para entrar em ação a inversão do trânsito da principal via da Capital, que deixará de fluir no sentido aos bairros para descer ao encontro da Madeira-Mamoré. Alteração essa que vale desde a avenida Rio Madeira até a avenida Farquar. “Gostaríamos de ter começado o ano com essa alteração, mas os recessos administrativos nos poderes nos atrapalhou um pouco”, justifica o responsável pela Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito (Semtran), Carlos Guttemberg, que também está a frente do Plano de Mobilidade Urbana de Porto Velho. Guttemberg explica que um dos objetivos da mudança é facilitar e dar maior fluidez ao trânsito do Centro, além de desafogar avenidas como a Carlos Gomes e Calama, muito congestionadas em horários de maior movimento como a ida ao trabalho pela manhã.

A Semtran trabalha com a meta de conseguir aplicar as alterações em fevereiro, antes de começar o ano letivo. “Caso não seja possível fica para março, antes do carnaval, isso se toda a mídia educativa já estiver sendo divulgada na cidade”, pondera. Como justificativa, o secretário da Semtran tem a seu favor a complexidade da operação e as consequências que uma mudança deste porte podem acarretar. Ele cita como exemplo a troca de toda a sinalização da avenida, a mudança de local das faixas de pedestres e a inversão dos semáforos, trabalho que deve durar uma semana após a conclusão do Projeto Executivo. Além disso, a retirada das mais de 30 linhas de ônibus do transporte coletivo, que operam no local, é uma ação que demandará tempo. “É uma iniciativa grandiosa que vai mexer com toda a estrutura viária da região central de Porto Velho, que afeta diretamente o fluxo de outras avenidas importantes como a Jorge Teixeira e a Carlos Gomes”, ressalta Guttemberg.

 

Mais de 2 mil carros por hora

Em horário de grande movimento, a avenida Sete de Setembro recebe de 2.700 a 3 mil veículos por hora. Com a inversão do sentido, a preocupação da Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito (Semtran) é encontrar vias de saída do Centro que suportem o tráfego intenso. As eleitas foram as ruas Almirante Barroso e a Dom Pedro II, ambas paralelas a Sete de Setembro. A rua Almirante Barroso também terá seu sentido invertido – que deixa de fluir ao encontro do rio Madeira para subir em direção à avenida Jorge Teixeira -. É por essa via que deve circular a maioria das linhas de ônibus retiradas da Sete de Setembro. Outra parte será direcionada para a rua Dom Pedro II, onde o estacionamento do lado esquerdo ficará proibido em razão da implantação do corredor exclusivo para o trasporte coletivo, como acontece nas avenidas Sete de Setembro e Calama.

Benefício para o comércio

O anúncio da mudança da Sete de Setembro foi bem recebido pelos comerciantes do Centro, conforme anuncia o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Porto Velho, Edson Gazoni. “Em uma pesquisa que realizamos em parceria com o Sebrae, 56% dos comerciantes foram a favor da mudança. Eles acreditam que a inversão pode aumentar o fluxo de clientes na Sete de Setembro”, informa Gazoni.

Segundo a CDL, somente no ano passado a Sete de Setembro perdeu 20% dos clientes em relação a 2012. De um ano para o outro as vendas cresceram 3%, quando o esperado era 5%. “Creio que se a prefeitura realmente transformar um dos galpões da Madeira-Mamoré em Centro Cultural, a população irá frequentar mais essa avenida e consequentemente irá aumentar o lucro dos comerciantes”, explicou.

Custo da Inversão não chega a R$ 90 mil

Diferente do que foi noticiado e compartilhado através das redes sociais – que a inversão da Sete de Setembro custaria R$ 90 milhões – os gastos com a implantação do projeto não chegará a R$ 90 mil, garante o secretário Carlos Guttemberg, da Semtran. Ele explica que o mais caro nesse processo será refazer as faixas de pedestres, pois o padrão utilizado em Porto Velho é a aplicação por extrusão (técnica onde o material é aquecido antes de ser aplicado para dar o efeito de alto relevo). “É uma máquina especial que faz esse tipo de trabalho, utilizando uma espécie de caldeira para aquecer o material. Cada faixa de pedestre de até 12 metros custa em média R$ 2.500”, detalha o secretário. Na análise de Carlos Guttemberg, o complicado mesmo será conscientizar os motoristas sobre as mudanças. Ele informa que o trabalho de educação no trânsito será feito através de campanhas na mídia, folders, blitz educativa e faixas. A Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) também se comprometeu a colaborar com palestras entre os lojistas do Centro da cidade.

O que vai totalizar R$ 90 milhões é todo o Plano de Mobilidade Urbana, anunciado pelo Prefeito Mauro Nazif em março de 2013. Recurso liberado pelo Ministério das Cidades e que prevê investimentos no transporte e trânsito na Capital, os principais investimentos serão feitos nas sinalização, ciclovia, ciclofaixas, asfalto e transporte público, como construção de terminais de integração.



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