Porto Velho/RO, 21 Março 2024 05:51:24

Cresce procura por seguro residencial

O número de roubos a residências em Porto Velho cresceu em torno de 36% nos primeiros sete meses deste ano, em relação ao mesmo..

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Publicado: 17/01/2014 às 19h09min | Atualizado 22/04/2015 às 18h44min

C1 SEGURO RESIDENCIAL. JOTA GOMES 10122013 (39) copy

Número de furtos à residência cresceu cerca de 14%.

O número de roubos a residências em Porto Velho cresceu em torno de 36% nos primeiros sete meses deste ano, em relação ao mesmo período de 2012. O Estado já contabiliza, segundo dados da Secretaria de Segurança e Defesa da Cidadania (Sesdec) 7.148 roubos a residências e similares (quase 230 por dia), contra 4.687 no ano passado.

Já o número de furtos cresceu cerca de 14%, com 14.026 ocorrências contra 12.060 em 2012. Diferentemente do furto, o roubo se caracteriza pelo uso de violência ou ameaça. No caso do assalto domiciliar, os moradores em geral são surpreendidos pelos ladrões dentro de casa ou abordados no portão.

O jornalista Geovani Berno, que teve sua casa furtada em novembro, conta que para proteger seu patrimônio fez investimentos em segurança. “Eu já tinha sido assaltado e rendido três vezes. Nessa última, em um domingo de muita chuva, os bandidos arrebentaram a grade da janela e entraram na minha casa. Graças a Deus estava sem ninguém, eles levaram alguns pertences e ninguém sofreu nada, apenas perdas materiais. Infelizmente estamos reféns dos bandidos, vivendo um arrastão coletivo e o Estado não consegue atender a demanda. Para proteger nosso patrimônio precisamos investir em segurança. Já mandei colocar alarme e vou providenciar também a instalação de cerca elétrica”, conta Geovani.

A vendedora Priscila Costa queixa-se que não dorme direito desde que sofreu um assalto no último fim de semana. “Estava tirando o carro da garagem quando percebi que o bagageiro estava aberto. Já na rua, parei o carro e fui fechar o bagageiro. Nesse momento chegaram dois homens armados, de moto, e anunciaram o assalto”, relembra. “Puxaram o meu cordão, pegaram minha bolsa, meu celular e meu relógio novinho, presente do meu marido. Agora vamos investir em segurança privada e estamos pensando em fazer um seguro residencial também”, diz.

Brasileiro gasta R$ 40 bilhões com segurança

Estudos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), demonstram que o medo de assaltos movimenta o mercado de segurança privada. Em dez anos, o setor cresceu 74% no Brasil e o brasileiro gasta por ano quase R$ 40 bi com seguro, equipamentos e vigilância. Segundo a última pesquisa divulgada pela Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores (Fenavist), estima-se que, atualmente, existem no Brasil mais de 2.200 empresas de segurança privada. Elas movimentaram em 2012 cerca de R$ 35 bi. O mercado emprega formalmente de 680 a 700 mil trabalhadores, entre eles, 640 mil vigilantes. O número de guardas privados é superior ao efetivo ativo das três Forças Armadas – Marinha (50 mil), Exército (320 mil) e Aeronáutica (70 mil) -, demonstrando que a área vem se aproveitando das mazelas da segurança pública do País.

A evolução do faturamento do setor de segurança privada é de causar inveja em qualquer outro ramo. Em 2002 o segmento movimentou cerca de R$ 7 bi; em 2012 R$ 36 bil. Para este ano a expectativa é de R$ 40 bi e 2014, ano em que o Brasil sediará a Copa do Mundo, evento que necessitará do reforço da segurança privada, o mercado deverá ter um faturamento estimado em R$ 45 bilhões.

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De acordo com o empresário Mário Lopes, que atua na área de equipamentos de segurança, as soluções tecnológicas para imóveis e seguros residenciais oferecem duas opções acessíveis e práticas para proteger o patrimônio e evitar prejuízos. “As câmeras de vigilância continuam sendo os artigos mais comuns. No entanto, os avanços tecnológicos permitiram incrementar as soluções. Por meio de um smartphone ou computador é possível assistir em tempo real o que a câmera de casa está filmando e agir rapidamente diante de uma ocorrência. O aparelho ainda avisa quando percebe a presença de pessoas no local”, explica.

Seguro residencial

Para os corretores de seguros Diogo e Alife Macedo, o mercado de seguros residencias vêm crescendo expressivamente em Porto Velho pelas vantagens oferecidas. “Ao contratar um seguro residencial, todos os bens materiais que compõem o conteúdo do imóvel – eletrodomésticos, eletrônicos, roupas, móveis, calçados –, tem a garantia do seguro. No entanto, dependendo da seguradora, determinados bens podem ser excluídos e/ou só estarão cobertos se relacionados na apólice”. O corretor explica que em caso de sinistro o cliente deve procurar seu corretor ou entrar em contato com a seguradora. “E se for o caso, registrar um Boletim de Ocorrência Policial, conservar todos os indícios e vestígios deixados no local, nos bens segurados e preserve todos os bens atingidos pelo sinistro”, esclarece.

Dependendo da característica do risco o segurado pode contratar um seguro por cerca de R$ 200 ao ano, garantindo sua residência contra eventos causados por danos elétricos, responsabilidade civil familiar (danos a terceiros) e danos materiais aos bens do segurado por vazamentos acidentais.

 

 



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