Porto Velho/RO, 21 Março 2024 06:40:55

Carlos Sperança

coluna

Publicado: 19/01/2018 às 06h35min

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Ambições frustradas

Daqueles prefeitos eleitos, e alguns que acabariam reeleitos em 2016, com pretensões em disputar o governo do Estado em 2018, a maioria..

Daqueles prefeitos eleitos, e alguns que acabariam reeleitos em 2016, com pretensões em disputar o governo do Estado em 2018, a maioria teve as ambições frustradas. Pelo menos dois acabaram presos, casos de Alex Testoni, de Ouro Preto do Oeste; e Zé Rover, de Vilhena; um terceiro renunciou ao cargo, caso de César Cassol, de Rolim de Moura, que justificou ser alvo de boicotes de parlamentares (inclusive de um irmão famoso) na liberação de recursos em Brasília.

Uma situação que lembra os primórdios do Estado, quando prefeitos então considerados de ponta para a primeira eleição ao governo em 86 acabaram encrencados com a justiça, casos dos então emergentes Vitório Abraão (Vilhena) e Roberto Jotão Geraldo (Ji-Paraná).

Na política rondoniense nem dá para se planejar as coisas a médio prazo, porque as ambições da classe política acabam sendo barradas pelos longos braços da lei. Lembro também dos fatos envolvendo os últimos presidentes da Assembleia Legislativa, Natanael Silva, Carlão de Oliveira e Valter Araújo, todos pretendentes ao governo que acabaram tubulando gloriosamente. É coisa de louco, torcida brasileira.

A contaminação

Na anunciada dobradinha ao Senado, formada pelo governador Confúcio Moura e o senador Valdir Raupp, parte do MDB e da própria base aliada governista está insegura. Acredita-se que pode haver uma “contaminação” da candidatura Raupp (em baixa por causa da Lava Jato) em cima de Confúcio, que está com cotação alta. A questão seria resolvida com Raupp disputando uma cadeira à Câmara dos Deputados, saindo do pé de Confúcio.

Cenário mudou

Até pouco tempo, para que as coisas se ajustassem no MDB, a cúpula do partido defendia que somente Raupp deveria ser candidato ao Senado e se o governador quisesse alguma coisa que optasse pela disputa de uma cadeira à Câmara dos Deputados. O tempo mudou as coisas da água para o vinho e agora é Raupp sendo pressionado para que dispute a Câmara Federal. Se vai aceitar esta composição são outros quinhentos, afinal ele não é de fugir da raia.

Buscando um pato

Certo deputado estadual, cotado para ser candidato a vice de três possíveis postulantes ao governo do Estado de Rondônia, jura amores para um deles pela manhã, à tarde visita outro, se oferecendo como aliado; e à noite ainda busca um terceiro para compor. Mais infiel que Dalila! Mas o que é isso, companheiro? Mais um escorpião na praça? Não basta um com seu ferrão sempre afiado?

Recursos no ralo

Até hoje o porto-velhense se pergunta onde foi parar a dinheirama toda oriunda das compensações das usinas hidrelétricas e dos convênios firmados com o Governo Federal para implantação do sistema de esgotamento sanitário, mobilidade urbana, barragens de proteção do rio Madeira na EFMM. Hoje Porto Velho é a capital brasileira mais afetada pela falta de esgoto, com reflexos na saúde pública. A cidade precisa reagir a esta situação incômoda.

A estabilidade

Constato com satisfação a aprovação no Senado por unanimidade, na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), do projeto de lei de autoria do senador Eduardo Amorim (PSC-SE), que concede garantia de emprego por um ano, no mínimo, ao segurado da Previdência Social com câncer que recebe auxílio-doença. O relator, senador Paulo Pain (PT-RS), apresentou parecer pela aprovação da proposta.

Via Direta

*** Não bastasse a queda de recursos em função da crise, o prefeito Hildon Chaves vai enfrentar uma enchente neste seu segundo ano de governo *** O ex-prefeito Nazif enfrentou a cheia histórica em 2014, e neste quesito se saiu (em outros quesitos nem tanto…) muito bem *** Guerra de foice na disputa a federal em Porto Velho: Léo Moraes (PPS), Mariana Carvalho (PSDB), Mauro Nazif (PSB), Lindomar Garçon (PRB), Pastor Valadares (PSC), entre outros.

 


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sobre Carlos Sperança

Um dos maiores colunistas político do Estado de Rondônia. Foi presidente do Sinjor. Foi assessor de comunicação do governador José Bianco entre outros. Mantém uma coluna diária no jornal Diário da Amazônia.

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