Há pelo menos dois meses tenho postado neste espaço que 2018 seria um ano de reviravoltas políticas com o cenário regional mudando como nuvem, de tamanho e formato a todo instante. Em um Estado onde são recorrentes as grandes jogadas, os políticos não apreenderam com o caso das fitas gravadas pelo ex-governador Ivo Cassol que casos tortuosos não se tratam por telefone, e assim Maurão de Carvalho e Jesuíno Borbaid se deram mal.
Portanto, como ocorreu com o ex-governador Ivo Cassol, que com sua fita gravada ganhou a parada com os deputados estaduais que o chantagearam, mandando a maioria para a cadeia, o governador Confúcio Moura com sua fita gravada enviada à Polícia Federal para perícia, também poderá virar o jogo e se livrar da armação feita pelos parlamentares ligados ao MDB que ameaçavam o mandatário com impeachment. Nos jogos de cena, então, a exemplo de Cassol, poderemos ter uma “reviravolta” da reviravolta, com Daniel Pereira assumindo o governo, em abril, e Confúcio pelejando ao Senado, isso desde que seja desmontada a arapuca armada contra o governador na Assembleia Legislativa.
Nos bastidores
Nos bastidores, diante dos acontecimentos que causaram um pandemônio no cenário estadual, acredita-se – e se tem como certo – que o governador Confúcio Moura (MDB) fica no governo; que os deputados Maurão e Jesuíno arruinaram suas carreiras políticas; que Daniel Pereira (PSB) se saiu bem na jogada que lhe foi armada para sair do caminho e que ele pode até ser candidato ao governo ou ao Senado. Mas isto não é definitivo. Existem muitas sombras…
Uma maldição
Existe uma verdadeira maldição contra os candidatos ao governo de Rondônia nesta temporada. A bruxa está solta sobrevoando as casas dos políticos, e desta vez Maurão foi o cara mais atingido. Quem será o próximo? Do jeito que está a coisa, muita gente vai chutar suas definições para as convenções partidárias, no período de 20 de julho a 5 de agosto. O panorama político está cada vez mais nublado.
Como avestruzes
Na sessão de terça-feira, os deputados estaduais se comportaram como avestruzes no tocante ao escândalo das fitas gravadas envolvendo o presidente da Casa, Maurão de Carvalho, e o deputado Jesuíno. Tão logo foi aberta a sessão legislativa, ela foi encerrada, e todo mundo escafedeu-se. Sobre a situação, só Hermínio Coelho se manifestou, enfatizando que não participou da armação, que sempre foi oposição, mas sempre jogando aberto.
Definição adiada
Com tanta confusão, o ex-senador Expedito Júnior, o grande guru do prefeito Hildon Chaves, está adiando a sua definição sobre o cargo a disputar na eleição de outubro. Realmente, o mar não está para peixe e o momento exige muita prudência. Além disto, tem a possibilidade dele perder o controle do tucanato para Mariana Carvalho, a ungida de Geraldo Alckmin para disputar o governo de Rondônia.
Virando o jogo
Não é de hoje que Confúcio vira o jogo com ferro nos adversários. Ainda disputando a prefeitura de Ariquemes, em um embate com os Amorim, Ernandes foi preso (acredita-se que com influência do MDB lá em cima…) e Confúcio, que estava perdendo a peleja para Daniela, ganhou de virada. E que tal aquela operação policial contra os deputados, quando a coisa estava preta, na sua primeira gestão? E agora, na trama urdida por Maurão, de caça ele pode se transformar em caçador. Diabolik Moura!
Via Direta
*** O caso das fitas gravadas para chantagear o governador Confúcio Moura ainda rende por Rondônia afora *** Maurão, que já foi pato de Cassol e caminha para ser bipato, se diz vítima; Jesuíno, o valentão, que falava até em matar, garante que tudo está fora do contexto. *** Mas ninguém nega os diálogos gravados. Aonde vamos parar com tudo isto? *** O deputado estadual Léo Moraes (PTB) estuda ingressar no Podemos do presidenciável Álvaro Dias *** Ele pode aproveitar a janela partidária.
