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Carlos Sperança

coluna

Publicado: 26/01/2018 às 06h10min

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As doenças na selva

O grande sanitarista Oswvaldo Cruz, que tinha erradicado a febre amarela no Rio de Janeiro no início do século passado (a doença está..

O grande sanitarista Oswvaldo Cruz, que tinha erradicado a febre amarela no Rio de Janeiro no início do século passado (a doença está de volta…) foi contratado pela Madeira-Mamoré Railway para debelar as doenças que atacavam os trabalhadores na linha da Estrada de Ferro, na região de Santo Antônio, em 1910.

Oswaldo Cruz deu também à Amazônia uma enorme contribuição para a saúde pública. Tão logo chegou, inspecionou a linha de construção e permaneceu por aqui cerca de um mês culminando com um precioso relatório das enfermidades entregue às autoridades naquela época.

O relatório indica as moléstias do impaludismo, a febre hemoglobinburica, o beribéri, a dissinteria, a ancilostomise, a pneumonia, além de outras entidades mórbidas de menor frequência. “O impaludismo – relata – assola a região de modo devastador e, além de todas as causas fornecedoras, tinha a criminosa falsificação dos sais de quinina, produto contra a malária que custava o olho da cara.

Tratando os problemas de saúde pública com rigor, Oswaldo Cruz deixou a melhor das impressões na sua missão desenvolvida em Rondônia.

Jogo catimbado

Tenho acompanhado alguns aliados reclamando do governador Confúcio Moura (MDB) por catimbar tanto o jogo sucessório. No entanto, até 5 de abril, quando deixará o cargo para o vice Daniel Pereira (PSB) assumir, é necessário que ele esteja de bem com a base aliada na Assembleia Legislativa. É que: prudência e caldo de galinha não fazem mal a ninguém. Pimenta nos olhos dos outros é refresco! A necessidade faz o sapo pular! E cachorro traumatizado tem medo de linguiça!

Sem influência

O prefeito Hildon Chaves (PSB) negou numa entrevista concedida a uma emissora de rádio na quarta-feira a influência do seu amigo e sócio Expedito Junior na sua administração. A pergunta do repórter chegou a irritar o alcaide, mas quando ele (o prefeito) percorre as ruas e avenidas vistoriando obras é Expedito que lhe acompanha. Nas redes sociais, é pulando cirandinha com Junior, que ele divulga sua gestão. Os opositores já dizem que Expedito é o “Gilson Nazif” do atual mandatário.

Outro cenário

A condenação do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva ocasiona um novo cenário na política brasileiro. Agora, mesmo que insista numa candidatura presidencial acabará sangrando, por isto alguns partidos da sua base já pensam numa outra opção. Se for entre os petistas, o ex-governador da Bahia Jacques Wagner. Sendo fora do PT, o ex-ministro Ciro Gomes do PDT também poderia ganhar a simpatia dos petistas para uma candidatura de centro esquerda. E assim a sucessão pode ganhar novos rumos.

Centro histórico

Dá pena percorrer o centro histórico de Porto Velho, cujo comércio vem perdendo terreno a cada dia para os centros de compras da Jatuarana (zona Sul) e Amador dos Reis (zona Leste). Além da perda de lojas, de agências bancárias e com dezenas de salas comerciais fechadas, a região central vê seus imóveis se desvalorizando. Além disto, o centro histórico se transformou no paraíso das cracolândias. Urge sua revitalização.

As indefinições

Janeiro vai findando e muitas indefinições ainda persistem no quadro político rondoniense. Dos três principais blocos armados para a disputa, apenas a aliança PDT/PSB já tem definido seus candidatos ao governo e ao Senado. As indefinições estão centradas na coalizão PSDB/PP, entre os nomes de Expedito Junior e Ivo Cassol e no PMDB, onde Maurão de Carvalho estaria reavaliando suas possibilidades diante da assunção em abril do vice, Daniel Pereira, no governo do Estado.

Via Direta

*** Os protestos vão se generalizando, e Porto Velho se transformou numa casa da mãe Joana *** Os vigilantes querem emprego na prefeitura depois de serem demitidos por uma empresa particular. *** Os beiradeiros nos bairros atingidos pela cheia querem casa, os chacareiros querem regularização fundiária ***


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sobre Carlos Sperança

Um dos maiores colunistas político do Estado de Rondônia. Foi presidente do Sinjor. Foi assessor de comunicação do governador José Bianco entre outros. Mantém uma coluna diária no jornal Diário da Amazônia.

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