Nas residências, os agentes orientam os moradores quanto a importância da prevenção para evitar focos da doença
Em Porto Velho, o número de casos confirmados de chikungunya aumentou mais de 700%. Segundo o Comitê de Combate ao Aedes aegypti da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), em 2016 foram recebidas 804 notificações da doença. Destes casos, somente oito foram confirmados. Em 2017, dos 399 casos notificados, 70 tiveram confirmação. Já no quadro de dengue e zika, transmitidas pelo mesmo mosquito que a chikungunya, houve uma redução. Foram 789 confirmações de dengue em 2016 e 301, em 2017. Em relação à zika, o número baixou de 186 para 40.
Depois de ter dengue há mais de dez anos, Elete Melo, 69 anos, moradora do bairro São Cristóvão, teve chikungunya. A pensionista conta que, ao contrário da dengue, em que os sintomas duram por menos tempo, há mais de um ano sofre com a doença. “Da dengue é muita dor no corpo, muito frio, indisposição, às vezes dava vontade de vomitar e muita falta de coragem. A chikungunya é diferente. Ela me deu febre, muitas dores no corpo, dormência nos pés e nas mãos. Eu não podia nem fechar as mãos de tão inchadas que estavam. Os pés também ficaram inchados, que eu não podia nem pisar. Já vai fazer um ano e agora que eu comecei a caminhar. A dengue não deixa sequelas, mas a chikungunya deixa”, afirma a pensionista.
O presidente do Comitê M
Agentes combatem os focos do mosquito na capital
O presidente do Comitê Municipal de Combate ao Aedes aegypti, Salustiano Freitas, explica que, além de capacitar os profissionais das Unidades Básicas de Saúde para o atendimento aos pacientes que contraírem as doenças, o Município também realiza ações de prevenção e combate aos focos do mosquito. De acordo com Freitas, a participação da população é fundamental para acabar com o mosquito. “As ações de combate ao Aedes estão sendo intensificadas, principalmente agora no período chuvoso aqui no município. Nossos agentes estão realizando, todos os dias, visitas domiciliares orientando as formas de prevenção, principalmente sensibilizando os moradores a evitarem depósitos em seus quintais com água parada, justamente para não permitir que possam trazer mais vetores para o município”, ressalta.
