Porto Velho/RO, 23 Março 2024 00:50:34
Diário da Amazônia

Aumentam rumores de “intervenção militar”

Jornal argentino fala sobre nova tempestade política para Michel Temer.

Por Jornal do Brasil
A- A+

Publicado: 23/09/2017 às 05h50min

Clarín afirma que nos setores médios da população que são sufocados pela crise econômica

Matéria publicada ontem pelo jornal argentino Clarín conta que uma forte tempestade política é novamente acionada em Brasília. Em uma votação inédita, 10 dos 11 membros do Supremo Tribunal decidiram que Michel Temer deve mais uma vez enfrentar uma votação na Câmara dos Deputados.

Como aconteceu no último 2 de agosto, exatamente a 50 dias, o presidente terá que esperar que os deputados decidam se autorizam o Judiciário a investigá-lo por crimes de corrupção e associação ilegal. Se o aceitarem, Temer deve deixar o governo e aguardar julgamento. Hoje, no entanto, a cena é muito mais ameaçadora do que há um mês e meio, quando os legisladores o salvaram.

Para começar, a correlação de forças no Supremo Tribunal (STF) revela que os juízes não querem ver sua imagem deteriorada, nem para o seu próprio futuro, nem para os cidadãos que ficam surpresos com as acusações de crimes contra grande parte do partido do presidente. O único que foi encorajado a levantar a mão em favor de Temer foi o juiz Gilmar Mendes, um amigo que se declarou aliado, enfatiza Clarín.

Alguns fatores adicionam tensão nesta nova acusação. O presidente da Câmara Rodrigo Maia expressou uma grande insatisfação com o governo e disse que ele pessoalmente e seu partido (os democratas) estão “profundamente irritados” com Temer e o PMDB (o partido do governo). Isso pode insinuar um voto “muito difícil” entre os parlamentares, que inaugurará uma fase de turbulência profunda se o presidente não conseguir permanecer no cargo. Mas há outro fato adicional.

Nem mesmo os juízes que foram nomeados pelo chefe de Estado, como é o caso de Alexandre de Moraes, ficaram ao seu lado.

Além disso, a nova procuradora-geral Raquel Dodge foi a favor da denúncia contra Temer. Outro elemento foi adicionado para obscurecer o panorama já sombrio: uma nova delação, a do operador financeiro Funaro – que atuou exclusivamente para o PMDB – denunciou que Temer foi um dos grandes destinatários das propinas que seu partido recebeu.



Deixe o seu comentário