Agência do Banco do Brasil foi isolada durante toda a manhã para a realização de perícia
Uma tentativa de assalto a uma agência do Banco do Brasil alterou a rotina de quem costuma utilizar a avenida Nações Unidas entre Amazonas e Salgado Filho, na manhã de ontem, em Porto Velho. O trânsito ficou impedido naquela região nas primeiras horas do dia, e a agência foi isolada durante toda a manhã, para a realização de perícia, pela equipe da Polícia Civil.
De acordo com as primeiras informações repassadas pela equipe técnica da Polícia Civil, os ladrões quebraram a porta principal e invadiram a agência durante a madrugada, de ontem. Uma pessoa percebeu o movimento diferente e ligou para a Polícia Militar, ao mesmo tempo em que o alarme disparou. Os ladrões chegaram a armar um artefato explosivo e deixaram em cima de um dos caixas eletrônicos, mas a bomba não explodiu. Os ladrões fugiram.
A polícia técnica está analisando as imagens, mas as primeiras informações divulgadas dão conta que se tratam de três bandidos.
Um grupo especializado da Companhia de Operações Especiais da Polícia Militar (COE) embalou o artefato explosivo e conseguiu puxar para o canteiro central da avenida Nações Unidas e detonou a bomba. O impacto causou um buraco de aproximadamente meio metro e chegou a jogar resíduos de terra, na sede da agência central de uma cooperativa de créditos, no outro lado da avenida Nações Unidas.
De acordo com a polícia civil, que trabalhou na perícia durante boa parte da manhã, todos os detalhes colhidos serão entregues na 3ª Delegacia de Polícia Civil, no bairro Areal.
Explosão poderia abalar estrutura da agência
Profissionais da COE, que participaram da detonação do artefato explosivo informaram que nos anos de 2012 a 2014 foram evidenciadas várias ações semelhantes a esta no estado de Rondônia, com declínio nos anos de 2015 e 2016, sendo esta a primeira ocorrência desta natureza, neste ano. “Este tipo de ação é perceptível em todo o País, em decorrência do crescimento no número da criminalidade”, disse Henrique Barbosa, capitão da COE. “Infelizmente não acontecem só em Rondônia”, completou.
De acordo com os policiais militares, a explosão do artefato poderia ter abalado a estrutura da agência e o impacto gerado poderia causar mortes, em caso de presença de qualquer pessoa no interior da agência, por ocasião da explosão.
“É importante que a comunidade saiba que se por acaso se deparar com algum objeto que perceba que seja explosivo, não mexer, não tocar ou remover”, disse Sérgio Gonçalves, cabo da COE, que também participou da ação. A tentativa de assalto foi às 3h30 da madrugada.
Situações em que a COE pode ser acionada
A Companhia de Operações Especiais (COE) é o órgão responsável pela execução de atividades operacionais de missões especiais da Polícia Militar, como policiamento de choque, policiamento com cães, operações especiais e patrulhamento tático. Conta com um quadro organizacional distribuído em quatro pelotões de choque. Na detonação do artefato explosivo foi acionado o Pelotão de Operações Especiais (Gate), que realiza quatro alternativas táticas compostas por ações anti e contra bombas, manuseio de explosivos, atividades táticas de altura, patrulhas policiais em ambiente urbano e rural e atividades de busca e salvamento; um Núcleo de Inteligência (NI) e a seção de comando e serviço.
