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Diário da Amazônia

Café dos Pobres do Caiari completa 4 anos

Todos os domingos, quem passa pela avenida Presidente Dutra na esquina com a Carlos Gomes, presencia uma reunião onde os frequentadores..

Por Silvio Santos Diário da Amazônia
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Publicado: 14/07/2018 às 08h00min

Deroche Pequeno Franco Neto – Dero Neto fala sobre a história da Confraria “Os Pobres do Caiari” (Divulgação)

Todos os domingos, quem passa pela avenida Presidente Dutra na esquina com a Carlos Gomes, presencia uma reunião onde os frequentadores estão degustando café acompanhado de iguarias como cuscuz, tapioca, baixaria, sarapatel, banana frita, mugunzá, farofa de ovo além de café com leite, refrigerantes e sucos diversos. É a Confraria “Os Pobres do Caiari” que desde o dia 13 de julho de 2014, graças a saudade que o neto do pioneiro Deroche Pequeno Franco sentia ao sentar em frente a sua casa, nas manhãs de domingo.

Dero Neto fala sobre a história da Confraria “Os Pobres do Caiari”.

Aos domingos eu sentava em frente de casa na Avenida Presidente Dutra, debaixo de uma das árvores centenária (nome científico – Oiticica) no Bairro Caiarí, conhecidas popularmente como “Marimari”. Ficava ali para passar o tempo e apreciar o movimento de domingo (quase nenhum).

Dero Neto é filho de família tradicional de Porto Velho, tanto que seu nome é bastante conhecido dos portovelhenses, uma vez que o complexo esportivo situado ao lado do Ginásio Cláudio Coutinho tem como patrono seu avô, Deroche Pequeno Franco, um pioneiro do município de Porto Velho e precursor do time de futebol Ferroviário Atlético Clube, nas décadas de 50/60.

Voltando à história da Confraria: Por ali passavam amigos e conhecidos. Muitos deles paravam pra jogar conversa fora, e alguns deles diziam que estavam “rodados”, sem ter o que fazer e pra onde ir, uma vez que estavam iniciando “carreira solo”, alguns ainda casados ou récem-separados.

Dentre eles apareceu o amigo Léo Santana, na época recém-separado. Após muita conversa surgiu a idéia de fazer um café da manhã aos domingos para reunir os amigos e simpatizantes, no sentido de relembrar os bons tempos de infância e das aventuras, casos e causos da cidade e principalmente do bairro Caiari.

Inicialmente pensávamos em reunir apenas os amigos antigos do Bairro, porém, o movimento cresceu de tal forma, que foi necessário um local de maior espaço.

O pontapé inicial, ou seja, o primeiro café aconteceu no dia 13 de julho de 2014, exatamente em frente a minha residência.

Presentes: Léo Santana, Raimundo Santana (Bodó”), Dimas Oliveira (Coalhada), Ilmar Souza, Eudes Tourinho, Ernande Segismundo, José Menezes, Éder Sávio, Dimarcy Oliveira e outros.

No primeiro domingo de novembro, o café dos “Pobres do Caiarí” passou a ser um “cafémoço”, ou seja, passou a ser café e almoço acompanhado com muito samba e pagode, e se transferiu para o já denominado “Espaço Caiari” localizado ao lado da Casa da Cultura Ivan Marrocos na Avenida Presidente Dutra, esquina com a Avenida Carlos Gomes. Esse evento recebe aos domingos entre os eventuais e permanentes, cerca 150 pessoas.

A Confraria do Caiari passou a ser uma entidade com ações de filantropia, criou o Projeto Carambola na Casa de Cultura Ivan Marrocos com shows e eventos culturais (suspenso temporariamente), festeja as principais datas comemorativas como as Festas Juninas, Revellion, Carnaval, etc. Na atualidade, a Confraria se reúne todos os domingos para um delicioso e farto café matinal se estendendo com almoço e samba ao longo do dia. Este é o “Café dos Pobres do Caiari” comunitário e aberto a todos que desejam participar se cotizando na realização do já famoso Café.

Neste domingo 15, será comemorado também os aniversários da dona Rosilda Santana e do criador do Projeto Deroche Pequeno Franco Neto – Dero Neto.



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