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Cai número de nascimentos em Ji-Paraná

Segundo balanço, em Ji-Paraná, foram 121 partos a menos do que o mesmo período de 2015.

Publicado: 17/01/2017 às 05h15

Marcia Silva Santos, 29, foi uma das parturientes em Ji-Paraná e aprovou o atendimento

Pela primeira vez nos últimos quatro anos, a maternidade pública do Hospital Municipal Dr. Claudionor Roriz, de Ji-Paraná, registrou queda no número de nascimentos de crianças. Foram 121 partos a menos do que o mesmo período de 2015. Os números continuaram crescentes referentes aos partos cesarianas, 23. Para o enfermeiro chefe da maternidade, Rafael Papa, a diminuição deve-se a criação da Central de Regulação de Urgência e Emergência (Crue), constituída no ano passado, que passou a exigir mais controle de pacientes dos municípios da região central.

Números da estatística, feita pela própria administração do hospital Dr. Claudionor Roriz mostram que em 2015 foram realizados 902 partos normais e 1.239 cesarianas, totalizando 2.141 nascimentos, Já no ano passado (2016), os partos normal somaram 804 e cesarianas 1.216, somados chegou a 2.020 procedimentos. Foram 98 procedimentos a menos de partos normal, e 23 de cesarianas referentes ao mesmo período do ano anterior. As autoridades afirmam que mais de 50% dos procedimentos têm origem de outros municípios.

O Diário ouviu a opinião do médico obstetra Eliedson Vicente de Almeida. Segundo ele, a maternidade de Ji-Paraná há anos é uma referência para os 16 municípios que fazem parte da região central de Rondônia. Isso resulta no maior número de nascimento de crianças de mães de outras cidades em relação a Ji-Paraná. Outro ponto colocado por ele foi os casos não resolvidos de parturientes em seus locais de origem por insuficiência administrativa do poder público local, como exemplo, a falta de um obstetra.

Aprovação

Uma das parturientes atendidas pela maternidade de Ji-Paraná foi Márcia Silvia Santos, 29 anos, moradora do bairro Boa Esperança do Setor 7 de Jaru. A filha (primeira), Larissa de Freiras Santos, nasceu no último dia primeiro de janeiro. “Só tenho que agradecer pelo excelente atendimento que recebi aqui”, declarou.

Crue

Os números também foram repassados para o enfermeiro chefe da maternidade, Rafael Papa. Ele esclareceu que a unidade atende, além de Ji-Paraná, outros 16 municípios, e para melhorar e organizar o atendimento, no ano passado foi criada a Central de Regulação de Urgência e Emergência (Crue). “Antes da criação da Crue, muitas parturientes chegavam à maternidade sem qualquer tipo de encaminhamento por parte da cidade de origem, agora, esse tipo de atendimento foi extinto. Assim, sabemos de onde a grávida chega e em que condições de saúde ela se apresenta com o seu bebê”, declarou.
Rafael Papa ainda cita outro exemplo que começa contribuir para a diminuição de atendimentos de grávidas de outras cidades. No ano passado, a prefeitura de Presidente Médici criou a maternidade local, passando facilitar os serviços também em Ji-Paraná. “Acreditamos com essa iniciativa da Crue outras prefeituras seguirão o mesmo exemplo de Médici”, afirmou.

Humanização

Sobre o maior número de partos cesariana, o chefe de enfermagem da maternidade lamentou que este tipo de procedimento, ainda faz parte da cultura brasileira. Segundo ele, há dois anos a maternidade realiza o parto humanizado, mesmo sem estar concluída toda a estrutura da área reservada. Atualmente, para cada 100 procedimentos, 60 são de cesariana e 40 normal. Para 2017, a meta é igualar os partos em 50%, e em 10 anos, chegar 85% de parto normal e apenas 15% cesariana. Meta esta recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Por J. Nogueira Diário da Amazônia

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