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Diário da Amazônia

Camelôs falam sobre mercadoria apreendida

Em reunião na ALE, eles disseram que não tiveram chance de mostrar a documentação.

Por Assessoria
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Publicado: 17/05/2017 às 05h10min

Maurão recebeu ontem a comitiva em seu gabinete, quando empenhou apoio

Em reunião com o presidente da Assembleia Legislativa, Maurão de Carvalho (OMDB), pequenos comerciantes que atuam nas imediações do terminal rodoviário de passageiros de Ariquemes, e que tiveram mercadorias apreendidas pela Receita Federal durante a Operação Jamari, no início deste mês, relataram as dificuldades que estão enfrentando com a perda dos produtos, além do temor de serem processados por crime de descaminho, cuja punição prevista é de um a quatro anos de reclusão.
Os comerciantes atuam no camelódromo municipal, mas possuem associação e têm alvará da prefeitura e mercadorias com nota fiscal. Mas, a ação da Receita os pegou de surpresa, segundo eles, “sem dar o direito de apresentarem os documentos”.
“Como a mercadoria foi apreendida, o passo agora é constituir um advogado e buscar reaver o material, desde que vocês tenham nota fiscal que comprovem a origem. O que estiver ao nosso alcance, contem com o nosso apoio. Vocês estão trabalhando dignamente e merecem ser tratados com respeito, mas sempre alertando que é preciso se atentar para as leis vigentes no País”, explicou Maurão.

Raimundo Dias da Costa contou que comercializa há 21 anos e que esta foi a primeira vez que teve mercadoria apreendida pela Receita Federal. “Estava trabalhando normalmente. Não cometemos crimes, estávamos trabalhando e eles chegaram e nem perguntaram nada, foram jogando tudo dentro do saco e nem nos deixaram apresentar documentos ou argumentar. Como trabalhador, me senti humilhado”, disse.

Celina Silva Rocha é presidente da Associação dos Vendedores Ambulantes de Ariquemes (Avaaron). Ela informou que, no local das apreensões, 42 comerciantes cadastrados na prefeitura atuam há anos. “Estamos todos assustados, com medo de novas operações e também com a ameaça de processos. Somos pessoas simples, que trabalhamos nas ruas para sobreviver e não temos como nos defender. Somos trabalhadores que de uma hora para outra, viramos bandidos”, relatou. (Da Assessoria)



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