O prefeito Hildon Chaves diz que o maior impacto financeiro é a concessão de esgotos (Foto: Roni Carvalho/Diário da Amazônia)
As Concessões e Parcerias Público-Privadas estão se popularizando como uma estratégia para os Governos realizarem grandes empreendimentos sem ameaçarem suas finanças. Em Porto Velho, um programa desse tipo foi apresentado ontem com modelagens que estão sendo desenvolvidas para dar origem aos projetos de infraestrutura e requalificação urbana do município, com o objetivo de tornar a cidade mais atrativa e acolhedora.
Essa tentativa de modernização da administração municipal visa fomentar a atividade econômica, envolvendo áreas como saneamento básico, central de abastecimento, iluminação pública, concessionamento do complexo da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, construção de um novo centro administrativo, estacionamento rotativo e requalificação do comércio popular.
O presidente da Agência de Desenvolvimento de Porto Velho, Marcelo Thomé, destacou que o melhor modelo é a concessão porque não há qualquer contrapartida ou responsabilidade financeira por parte da prefeitura, porém os projetos de menor atratividade serão como parceria público-privada para que se consiga um número maior de investidores.
Marcelo Thomé destaca as concessões como prioridades (Foto: Roni Carvalho/Diário da Amazônia)
De acordo com o prefeito Hildon Chaves, o programa de maior impacto financeiro é o concessionamento da água e do esgoto. “No caso do saneamento básico iremos buscar a universalização de água tratada e esgoto, tendo em vista que Porto Velho é hoje a capital brasileira com menor cobertura de água e esgoto. Água é vida, estamos aqui na Amazônia e parte expressiva da população de Porto Velho, na época do verão, simplesmente não tem água para suas necessidades básicas. Isso não pode continuar”, acentuou o prefeito.
Marcelo Thomé ressaltou que o problema de saneamento básico é uma demanda histórica do século XIX que ainda não foi atendida em Porto Velho e que por isso mesmo recebe absoluto cuidado. No que diz respeito a iluminação pública, Thomé afirma que 65 empresas entraram no edital, inclusive estrangeiras, e dentre essas 12 empresas estão autorizadas a apresentarem estudos para solução em Porto Velho.
Com essa iniciativa fica firmado o enfrentamento ao déficit da infraestrutura na capital, a tentativa de atrair a iniciativa privada para que, em parceria com o poder público, possam zerar ou no mínimo diminuir muito as demandas históricas do município, com atração de investimentos, geração de emprego e renda.
