Campeã do último carnaval das escolas de samba de Porto Velho (2016), o Grêmio Recreativo Asfaltão, vai homenagear no próximo sábado dia 24, durante seu desfile na passarela do samba Edson Fróes, que será montada na Cidade da Cultura (Parque dos Tanques), o sambista Waldemir Pinheiro da Silva – Bainha através do enredo: “Do Forte Príncipe ao Porto, hoje Bainha é Rei na Corte do Tigre”.
Bainha vai completar 80 anos de idade no mês de agosto. “Nasci no dia 11 de agosto de 1938 no Real Forte Príncipe da Beira e vim morar em Porto Velho em 1939 quando estava com 1 ano de nascido” conta Bainha. A decisão de homenageá-lo surgiu, justamente no dia da festa em comemoração aos seus 79 anos de idade, promovida pela sua família e pela diretoria da escola de samba Asfaltão, quando em determinado momento, o presidente da escola de samba Danilo Cardoso pegou o microfone anunciou: “É com muito orgulho que eu Danilo, presidente da escola, informo aos presentes, que por decisão unânime, os dirigentes da nossa agremiação decidiram, que em 2018 nosso enredo, contará a história do sambista BAINHA”.
Passada a euforia da festa de aniversário, os dirigentes da escola em especial a ala dos compositores, resolveu que o samba-enredo contando a história do Bainha, seria composto por todos os integrantes da Ala e assim nasceu um dos melhores sambas-enredo que a Asfaltão já colocou na avenida (leta abaixo).
O público que comparecer à passarela Edson Fróes no próximo dia 24, (o Asfaltão será a última escola a desfilar), vai se deparar com alas que vão lembrar a história do samba em Porto Velho. Bainha ainda criança começou a frequentar as rodas dos boêmios da Vila Confusão e daí pra frente, não mais parou de marcar presença em tudo quanto foi roda de bambas. Criou em 1958 com outros carnavalescos, a escola de samba “Prova de Fogo” que depois se transformou em “Os Diplomatas do Samba”. Participou da criação de vários blocos que a época eram chamados de “bloco de sujo” entre eles, o bloco “Só Vai Quem Bebe” que só desfilava às segundas-feiras de carnaval. Vamos assistir alas que lembram o Bainha jogador de futebol de times como o Flamengo. Bainha fundador da escola de samba Mocidade Independente do KM-1 e o Bainha compositor e Mestre de Bateria da escola de samba Pobres do Caiari. Não é à toa que o Mestre Bainha é considerado o “Zé Pereira” do nosso carnaval, pois, além das escolas de samba, ele foi e é, compositor de marchinhas para blocos como Galo da Meia-Noite, Banda do Vai Quem Quer, Até Que a Noite Vire Dia, Calixto & Cia e muitos outros.
A boemia imperava na Mãe Preta, Anita e Tambaqui de Ouro e também no Bofetada que antigamente era o Brandão, a Boate Iracema era do Velho Maranhão. Tudo isso está na letra da sua obra prima “Sou da Sete de Setembro”.
O Tigre com certeza, vai reverenciar o Mestre Bainha no carro abre Alas do Asfaltão, durante o desfile do próximo sábado.
Com a bateria Pura Raça considerada uma das melhores da região Norte sob o comando de Danilo Cardoso e Admilson Knightz (Negão), com o samba sendo interpretado pelo Marcelo Luna e apoio do Argemiro Júnior, Waldison Pinheiro, Reginaldo Makumba e as Pastoras, a escola de samba Asfaltão vai em busca do bicampeonato consecutivo, cantando: “Do Forte Príncipe ao Porto – Hoje Bainha é Rei na Corte do Tigre