A repercussão negativa da Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal junto aos principais frigoríficos e processadores de carne do País, na última semana, levou o deputado Lazinho da Fetagro (PT) a pedir o adiamento da audiência pública que seria realizada amanhã, no auditório do Instituto Federal de Educação de Rondônia (Ifro), em Ji-Paraná, para tratar sobre a vacinação do rebanho bovino em Rondônia. A proposta do parlamentar era ouvir os técnicos da Agência Sanitária de Defesa Agrosilvopastoril de Rondônia (Idaron) sobre os procedimentos adotados pelo Estado para que o rebanho bovino continue imunizado.
Lazinho explicou, que diante da repercussão da operação, a Assembleia Legislativa e o governo do Estado entenderam como prudência adiar a discussão diante dos resultados da operação e suas consequências. Uma nova data será marcada e divulgada para que o debate, conforme adiantou o parlamentar.
Ao propor a audiência, o deputado justificou citando que o Brasil receberá em 2018 a certificação de livre da febre aftosa com vacinação, para tanto, o País precisa começar a entender a importância desse certificado.
Meta do mapa
De acordo com o deputado, tornar o Brasil livre da febre aftosa com vacinação até o fim de 2015 era a meta do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Porém, a meta não foi atingida e no início de 2016 o ministério destinou para a defesa agropecuária a quantia de R$ 24 milhões prevista para ser gasta até o final de 2017, que deverá garantir o status sanitário necessário ao País e reconhecimento internacional pela OIE, a organização mundial de saúde animal.
Lazinho lembrou que o Brasil é o maior exportador mundial de carne bovina e o controle da febre aftosa do rebanho bovino é um dos fatores fundamentais que viabilizaram essa conquista.