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Diário da Amazônia

CCJ do Senado aprova fim do foro privilegiado

Relator da PEC disse que a população vê no foro especial um “privilégio odioso”.

Por Diário do poder
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Publicado: 27/04/2017 às 07h05min

Para Randolfe, o foro só serve para proteger políticos

Na reunião de ontem, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal aprovou a PEC que termina com o foro privilegiado para o julgamento de todos os políticos e autoridades.

Ressalva, para o presidente da República e para os presidentes do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, isso, durante o exercício do mandato.

O relator da PEC, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) destacou em seu parecer que a população vê o foro especial como “verdadeiro privilégio odioso, utilizado apenas para proteção da classe política, que já não goza de boa reputação, devido aos sucessivos escândalos de corrupção”.

Randolfe acatou a emenda do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), que além de manter os presidentes dos três poderes com o foro, por infrações penais comuns. Determina que ministros de Estado, comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, membros dos Tribunais Superiores e do Tribunal de Contas da União e chefes de missão diplomática de caráter permanente, em caso de crime de responsabilidade, permaneçam com o foro privilegiado.

O projeto não estava na pauta da CCJ, mas a pedido do relator foi incluído e discutido, após aprovação por unanimidade do projeto sobre abuso de autoridade.

Agora, o projeto vai passar por duas rodadas de votação, primeiro no Senado e depois na Câmara. Caso seja aprovado nas votações, a PEC é transformada em lei por ato do Congresso Nacional, dispensando a sanção do presidente da República.



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