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Diário da Amazônia

Certo Papai “Noé” da Jerusalém

“CARLINHOS NOÉ” Papai Noel por vocação do destino.

Por João Zoghbi Diário da Amazônia
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Publicado: 18/12/2016 às 06h25min

Falar com Papai Noel, mesmo que seja por “cartinhas” enviadas pelos Correios é um privilégio, pessoalmente então é o desejo de muitos. Apesar da crise econômica em que passa o Brasil ainda há razões de sobra para se dar presentes aos antes queridos, principalmente às crianças, aos pais e avós para quem ainda os tem e os ama.

Uma grande sacada de marketing do mundo capitalista que alimenta a “fantasia” oferta com um grande modelo “Papai Noel” que há muitos anos, encanta e vende felicidade e emprega muita gente. Desde aos fabricantes, fornecedores, lojistas, vendedores, agregados ao comércio varejista e shoppings centers, nessa figura encantadora do “Papai Noel” que inclusive é empregado todos os anos no mês de dezembro.

E em cada história real, por trás desses personagens fantasiados de papai Noel, existe um ser humano especial. Estivemos na “Jerusalém da Amazônia” para falar com o “Papai Noé”, isso mesmo, o nosso papai Noel se chama Noé, o mesmo nome do personagem Bíblico da “Arca de Noé”. Uma grande e feliz coincidência, o nosso personagem é Carlos Alberto Lima de Souza o “Carlinhos Noé” como é mais conhecido, nome herdado de família, de seu pai especificamente, Noé Moreira de Sousa, seu Noé da Padaria Noé, não existe mais, ficava na esquina da Lauro Sodré com Álvaro Maia no bairro Olaria.

Filho de Porto Velho estudou nos colégios Dom Bosco, Barão do Solimões e concluiu o 2º Grau no Padre Moretti, tem 64 anos, foi empresário no ramo de padaria de 1984 a 1992, na Padaria Noé e filiais. Há 43 anos entrou para o teatro no Grupo Mojuca nas peças “O Filho do Homem”, “O Prometido” e em 1984 cedeu sua residência para as reuniões de fundação do “Clube Teatral Êxodo” e da peça “O Homem de Nazaré”. Viveu como figurante na multidão e nas personagens de “Judas”, se consagrando como Caifás. Faz parte da essência cultural da cidade.

Com a morte do “patriarca da família” , teve que encerrar as atividades comerciais por motivo do acordo com os herdeiros para venda do patrimônio e seguir em frente. Uma decisão pessoal por afinidade ao teatro e fundador, foi morar definitivamente na Cidade Cenográfica Jerusalém da Amazônia. Só em 2004, quando venceu uma doença grave, em sua recuperação a diretora da Escola “Jerusalém da Amazônia” Enir Guimarães, teve a feliz ideia de convidar o “Noé” para em dezembro se transformar em “Noel”, entregar os presentes arrecadados e doar às crianças. Foi dessa forma que há 12 anos, “Carlinhos Noé” um vencedor pela vida, leva alegria e felicidade por vários cantos da cidade de Porto Velho, “tudo começou aqui na escola de Jerusalém, mas na cidade estreei no Colégio Dom Bosco, fiz vários anos no “Domingão da Jatuarana, da Amador dos Reis e da 7 de Setembro” em parcerias com a prefeitura, a Dydyo e o CDL”, enfatiza Carlinhos Noé.

Ele também relata que a experiência de ser “Papai Noel”, levando alegria pela cidade é algo indescritível. “Quando fiz a primeira vez, fui num “trenó”, em cima de um caminhão adaptado, em carreata pela cidade anunciando o “espírito natalino”, foi demais!”, relembra emocionado.

Noé fez questão de registrar que foi o primeiro Papai Noel do Porto Velho Shopping até a chegada do “Papai Noel de fora” e o orgulho de ter três roupas completas: a de gravar comercial, a do dia a dia pelas ruas e dos encontros sociais para entrega dos presentes. “Papai Noel tem que estar limpinho, senão ninguém se aproxima para tirar foto!” Ho! Ho! Ho! Sorrindo e feliz brinca o “Papai Noé”.



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