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Diário da Amazônia

Cia. Yaporanga vence Duelo Tribal do Maracujá

36ª Mostra de Quadrilhas e Bois Bumbás – Arraial Flor do Maracujá.

Por Sílvio Santos Diário da Amazônia
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Publicado: 19/07/2017 às 05h30min

A Cia de Dança Yaporanga agradecendo ao público que lotou as arquibancadas do Flor

A direção da Federon acertou em cheio, ao promover o “1º Duelo Tribal” do Arraial Flor do Maracujá entre as Cias. de dança Yaporanga X Waitku Mayakan na última noite da 36ª Mostra de Quadrilhas e Bois-Bumbás, que aconteceu durante 14 noites na “Cidade da Cultura” – (Parque dos Tanques).

As Cias de Dança desenvolveram na arena do Flor do Maracujá, lendas e rituais indígenas utilizando além das coreografias especificas e cenários que complementavam suas apresentações.

O Pajé da Cia Waitku Mayakan ganhou a nota máxima

O primeiro grupo a entrar na arena foi a Cia de Dança Yaporanga apresentando a Lenda da Samaumeira – Rainha da Floresta ou Mãe das Árvores. A criatividade do grupo que utilizando cilindros com pintura que lembrava a árvore, foi desenvolvendo as diversas utilidades da Árvore que em ambiente natural alcança até 70 metros de altura e seu troco chega a medir 3 metros. As raízes da Samaumeira são conhecidas como Sapopema e são utilizadas pelos índios e caboclos da Amazônia para a comunicação entre as aldeias. A Cia Yaporanga com fantasias muito bem acabadas, conquistou a preferência dos jurados que lhes deram 393,9 pontos.

A Samaumeira a rainha da floresta foi o tema Yaporanga

O segundo grupo a pisar a arena, foi o Waitku Mayakan com o Ritual “Lamento Tribal”, uma criação da equipe de pesquisa do próprio grupo. A Índia Guerreira se apaixona pelo Guerreiro da tribo rival e é contestada pelos Guerreiros de sua tribo. Proibida de se encontrar com seu amado, a Índia Guerreira é acometida de um mal que deixou todos da aldeia aflitos, pois poderiam ficar sem sua principal guerreira. Então entra em ação o Anjo Feiticeiro da tribo, que invoca o Deus Tupã através da bebida Ayuaska e recebe os poderes da cura trazendo a paz a toda a aldeia. Assim o Waitku Mayakan inclusive, obteve nos itens Anjo Guerreiro (desempenho do Pajé) e Ritual, nota máxima (50 pontos). Porém, na soma total de todos os itens em julgamento, o grupo obteve apenas 393,1 pontos ficando em segundo lugar. “Foi o 1º Duelo e mesmo assim, sentimos que o público gostou muito, o que quer dizer, que essa competição tem tudo para se tornar numa grande atração nos próximos anos”, disse o presidente da Federon Fernando Rocha.

A quadrilha Brotinhos na Roça agradecendo a Federon

Na noite de domingo, ainda tivemos as apresentações das quadrilhas “Brotinhos na Roça” de Ji Paraná e “Unidos da Roça” que veio do município amazonense de Boca do Acre. A Brotinhos de Ji Paraná fez ótima apresentação e levantou a galera das arquibancadas pelo bom espetáculo de dança. “Viemos nos apresentar no Flor do Maracujá sem contar com nenhuma ajuda da prefeitura de JI Paraná”, disse o marcador, ao tempo que agradeceu a direção da Federon pela acolhida em Porto Velho. Já a “Unidos da Roça” por não ter trazido todos seus integrantes, conseguiu autorização para se apresentar apenas por 15 minutos, “Pedimos desculpa ao público do Flor do Maracujá pela falta dos nossos pares”! lamentou o marcado da quadrilha amazonense.

A Federon agradece todos que colaboraram com a realização da 36ª Mostra de Quadrilhas e Bois Bumbás – Arraial Flor do Maracujá. “Em especial a empresa Marquise, que colaborou diretamente com os grupos folclóricos. Ao governo do estado pela estrutura, a prefeitura pelo apoio logístico, ao prefeito Hildom Chaves, Dr. Héverton Aguiar, superintendente da Sejucel Rodnei Paes, aos deputados Léo Moraes, Jesuíno Boabaid e Maurão de Carvalho, a Polícia Militar ao Corpo de Bombeiros, a imprensa com destaque para o Diário da Amazônia e o site Observador, Cristal/Itaipava/Tupi, aos barraqueiros e ambulantes e principalmente ao público” agradeceu o presidente Fernando Rocha.



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