Porto Velho/RO, 25 Março 2024 06:20:51

Carlos Sperança

coluna

Publicado: 16/04/2018 às 20h30min

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COLUNA-Os venenos políticos

A política, a exemplo da nossa água e do cigarro, não possui só um elemento tóxico

O arsênico foi popularizado pelos alquimistas como o veneno predileto para matar reis – ou seus inimigos. No entanto, a presença deste e outros metais que exigem atenção para níveis perigosos em poços da bacia do Amazonas não é arte de alquimistas maléficos.

Segundo os cientistas, a perigosa concentração de elementos tóxicos nas águas é uma situação criada pela própria natureza. Escolher a forma menos lesiva de consumir água, porém, vai se tornando um problema para as comunidades da região.

A política, a exemplo da nossa água e do cigarro, não possui só um elemento tóxico: dezenas de partidos e caciques seguem na mira da Lava Jato. Se ficou difícil saber que água fará menos mal a quem a consome, depois da lavagem do Mensalão e agora do Petrolão o nivelamento por baixo do grande caciquismo político nacional produziu venenos tão perigosos quanto o arsênico e demais metais presentes em nossas águas.

Na política altamente tóxica da atualidade, a saraivada de insultos esconde o pior dos venenos: a incapacidade para formular um projeto original e criativo para salvar a democracia do autoritarismo e tirar o Brasil do raquitismo econômico em que se atolou.
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Com orgulho!

Os candidatos petistas nesta temporada decidiram usar o nome de Lula nos registros visando aproveitar a popularidade do ex-presidente preso em Curitiba, nas eleições de outubro. Sendo Assim, Fátima Lula Cleide vai disputar o Senado, o ex-padre Tom Lula a federal, o ex-prefeito Roberto Lula Sobrinho, a deputado estadual e Paulo Lula Benito ao governo e assim por diante. Haja Lulas!

As reações

Os adversários dos petistas tiveram reações diferentes com relação à estratégia adotada pela turma de Lula e Dilma. Os Bolsonaristas dizem que os petistas se orgulham em usar nome de ladrão, outros anunciaram que vão usar o nome de Moro – o juiz Sergio Moro que mandou prender Lula – nos seus registros. E aí, gente, aonde isto vai acabar?

Nas paradas

Como já era esperado, na primeira pesquisa Datalfolha depois de lançado pelo PSB como pré-candidato a presidência o ex-ministro Joaquim Barbosa mostrou que esta em condições de competitividade e o país não esta longe eleger um presidente negro como já ocorreu nos EUA com Obama. A credibilidade empina as pretensões do socialista.

A dependência

A cada ano, os pequenos e médios municípios rondonienses ficam mais dependentes das emendas parlamentares dos deputados estaduais, federais e senadores para pequenas obras ou para fechar as contas no final do mês. Em Rondônia quase 40 municípios enfrentam a crise com queda na arrecadação e distribuição de tributos estaduais e federais. O municipalismo patina.

Frentes corujas

Com frentes de obras “corujas”, tocadas a noite, o prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB) tenta acabar com a buraqueira nas ruas da capital. O inverno amazônico prolongado e rigoroso tem atrapalhado o planejamento de asfaltamento e cascalhamento das ruas nas regiões mais atingidas pelas chuvas na capital rondoniense. As estradas coletoras estão prejudicadas.

Via Direta

*** Com o final do prazo de filiações e do troca troca partidário, as agremiações políticas tratam das nominatas de candidatos a Assembléia Legislativa e Câmara dos Deputados *** O maior problema dos dirigentes é ajustar os interesses dos candidatos a Câmara dos Deputados *** Em coligações, os partidos tem medo da concorrência dos bichos papões Marinha Raupp (MDB), Mariana Carvalho (PSDB) e Marcos Rogério (DEM) *** Melki (PDT) e Leo Moraes (Podemos) também são considerados temíveis.


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sobre Carlos Sperança

Um dos maiores colunistas político do Estado de Rondônia. Foi presidente do Sinjor. Foi assessor de comunicação do governador José Bianco entre outros. Mantém uma coluna diária no jornal Diário da Amazônia.

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