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RONDÔNIA

Comércio aquecido na Semana Santa

Comerciantes comemoram aumento de 80% nas vendas de alimento.

Por Daniela Castelo Branco Diário da Amazônia
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Publicado: 14/04/2017 às 05h00min

No Mercado Central o preço do pirarucu seco custa R$ 28,00 o kilo, apurou o Diário

A Semana Santa está aí e a população já começa a procurar pelos melhores preços de peixes em feiras e supermercados da capital, uma vez que muita gente não abre mão da tradição cristã, que pede que se substitua a carne vermelha pelo peixe. O Diário foi até o Mercado Central de Porto Velho e no Supermercado Araújo para saber o preço dos peixes e os mais procurados.
No Mercado Central, seu Josimar Barbosa, de 58 anos, está animado com as vendas deste ano. “Ano passado, o movimento caiu um pouco, mas nesse ano, já antes da Semana Santa, a população voltou a comprar mais. O movimento melhorou 80% e os preços estão bem justos nesse ano”, enfatiza.

Segundo ele, os peixes mais procurados nesse período são o tambaqui, o dourado e o filhote e para quem gosta do tradicional bacalhau, mas que não quer gastar tanto, uma boa opção, seria substituí-lo pelo pirarucu seco.
Em sua banca, pode ser encontrado os seguintes preços dos peixes mais consumidos na Semana Santa:

A dona de casa Graça Cardoso, de 67 anos, e seu esposo Marcos Antônio Cardoso, de 69 não abrem mão da tradição. Já garantiram o peixe da Semana Santa para a família toda. Compraram cerca de R$ 200,00 de Dourado na banca do Júnior Parente e afirmam que são consumidores de peixe assíduos. Nessa época, segundo o casal, apenas reforçam os estoques.
A banca de Júnior Parente, de 35 anos, atrai muitos compradores, segundo o casal. Sempre com um sorriso no rosto, o comerciante, que já trabalha no ramo desde os 13 anos de idade, diz que as vendas estão melhores que o ano passado, pois os preços caíram um pouco.

“As vendas estão boas, mas o movimento maior mesmo é quinta e sexta”, explica Júnior Parente. Segundo ainda o feirante, “muitas pessoas preferem comprar alguns peixes no mercado público, pois eles cortam do jeito que o freguês quer”, ressalta.
Os preços da banca de Júnior Parente são os mesmos encontrados na do Seu Josimar.

Outro feirante que está satisfeito com as vendas da Semana Santa é Seu Raimundo Marques de Souza, de 55 anos, que está há seis anos no Mercado Central e vende exclusivamente o pirarucu seco pelo preço de R$ 25,00 o quilo.

“Além de ser bem mais caro, nem todo mundo gosta de bacalhau. Tem gente que não troca o pirarucu pelo bacalhau de jeito nenhum. O brasileiro aprendeu a gostar desse peixe. Vários estados do Brasil, como Rio de Janeiro, São Paulo, Goiânia, Ceará e Tocantins consomem muito o pirarucu. O pessoal do sul do País é o que menos consome, pois ainda não conhece bem o peixe. Pra vocês terem noção, de quanto o pirarucu é apreciado, tem gente que pede pra enviar o nosso pirarucu pra outros Estados. Então, o peixe é congelado, colocado em um isopor e despachado por alguma companhia de transporte”, garante seu Raimundo.

A única constatação insatisfatória que o comerciante faz é que está cada vez mais difícil encontrar peixes durante a pescaria. Segundo Seu Raimundo, as usinas (Santo Antônio e Jirau), como muitos pensam, não são as responsáveis pela escassez das espécies. “A usina só trouxe benefícios para o Estado, o problema é que não tem peixe mesmo”, finaliza Raimundo Marques.
No Supermercado Araújo, o preço é os mais consumidos são:



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