Enquanto a revitalização do Complexo Ferroviário ainda não é iniciada, os constantes furtos ao patrimônio histórico continuam a acontecer. Devido ao abandono e falta de policiamento efetivo no local após a grande cheia do rio madeira em 2014, a estrada de Ferro Madeira Mamoré, principal expoente do desenvolvimento do estado, vem sofrendo as consequências provocadas pelo tempo e omissão dos órgãos públicos.
Além da depredação que o lugar passa, com parte do maquinário coberto de ferrugem, falta de banheiros e segurança, as peças e equipamentos das locomotivas, entre rodas, latarias, apitos e sinos, sobretudo das de número 18 e 50, foram roubadas e até agora ainda não foram recuperadas pelas autoridades.
Fora as peças, que estão no interior dos armazéns, muitos outros componentes foram furtados. De trilhos, luminárias, pias, espelhos, vitrines e ferrolhos vindos do Reino Unido e Estados Unidos, foram furtados devido ao abandono das locomotivas, banheiros e alojamentos do Complexo Ferroviário da Estrada de Ferro, em Porto Velho.
Por conta do mato nas encostas dos barrancos que limitam o Complexo e o entorno da Vila Ferroviária, na altura das avenidas Farquar e Sete Setembro, o local virou esconderijo de bandidos e ponto de prostituição.
Além dos furtos de peças históricas, assaltos aos populares é recorrente na localidade. Estupros as mulheres que circulam do centro comercial aos bairros do Cai N’Água e Baixada da União.
Nem mesmo o casario antigo que compõe a centenária Vila Ferroviária vem sendo poupado pelos ladrões, traficantes e viciados que infestam à Madeira Mamoré e adjacências do centro antigo de Porto Velho.
“A cada tentativa de depredação das locomotivas, litorinas, armazéns e das fachadas dos imóveis que compõem o Complexo e a Vila Ferroviária, os portovelhenses perdem seu patrimônio secular”, afirma José Bispo.