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PLANTÃO DE POLÍCIA

Cunhado é solto e mãe e irmã serão responsabilizadas

Tainá Carina de Lima Mendonça desapareceu no dia 27 de outubro de 2017

Por Redação Diário da Amazônia
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Publicado: 26/01/2018 às 05h40min

Na última quarta-feira (24), a Polícia Civil de Ariquemes (RO), divulgou que o cunhado da grávida desaparecida Tainá Carina de Lima Mendonça foi solto na terça-feira (23), após ser preso pela suspeita de utilizar um aplicativo com o número da jovem no celular dele. Ele ganhou liberdade após a mãe e a irmã de Tainá confessarem que colocaram o chip no celular do cunhado da grávida sem o conhecimento dele.

De acordo com o delegado, Vinícius Lucena, responsável pelas investigações do caso, a prisão do cunhado foi requerida devido aos depoimentos da mãe de Tainá e da confirmação da operadora de que o número da desaparecida estava no aparelho do cunhado dela.

O rapaz sempre alegou que não tinha conhecimento do uso desse aplicativo no celular dele. O advogado que o representa conseguiu apresentar indícios da inocência do cliente e com os depoimentos da mãe, da irmã da jovem e da funcionária da loja de telefonia, a polícia teve certeza do não envolvimento do cunhado.

“Compareceu aqui na sexta-feira a mãe da Tainá e a esposa do investigado, as quais pra nossa surpresa, afirmaram que elas mesmas tiveram responsabilidade sobre isso. Fizeram a habilitação de um chip no número da Tainá mesmo após o desaparecimento dela, mesmo dando entrevista a canais de imprensa dizendo que o WhatsApp da filha estava ativo. Ou seja, elas divulgaram essa informação ciente de que elas mesmas estavam com esse aplicativo ativo no telefone do investigado sem que ele de fato tivesse conhecimento”, explicou o delegado.

Lucena afirmou que a atitude das parentes da grávida atrapalhou as investigações e elas serão responsabilizadas pelas falsas informações prestadas à polícia e o uso ilegal do documento da desaparecida.

“Todas as providências vão ser adotadas, é algo muito grave. Tumultuou a investigação, uma vez que as próprias, desde o início, em nenhum momento falaram a respeito disso com a polícia do que tinham feito e propagaram pela imprensa que a filha estaria usando o WhatasApp mesmo após do desaparecimento. Faltaram com a verdade não só com a polícia, como com a sociedade”, declarou.

A dona da loja de telefonia onde as mulheres conseguiram cadastrar o chip com o número de Tainá, para depois colocar no celular do suspeito inocentado, também foi ouvida e disse que praticou o ato ilegal porque queria ajudar a família.

O advogado do ex-suspeito disse que a Justiça tomou a decisão certa ao reconhecer a inocência do cliente.

Caso

Tainá Carina de Lima Mendonça desapareceu no dia 27 de outubro de 2017, após sair de casa para cobrar o pagamento de pensão pelo ex-marido dela. No fim da tarde do mesmo dia, a motocicleta da jovem foi encontrada abandonada numa estrada rural próximo à cidade de Monte Negro. O parto dela estava marcado para o dia 14 de novembro.

No dia 1º de novembro a Polícia Civil começou a tratar o caso como homicídio e buscas foram realizadas em propriedades rurais da região.

No dia 7 de novembro, familiares da jovem fizeram um protesto que chegou a fechar por algumas horas a BR-421, que liga Ariquemes a Monte Negro.

Em diversas entrevistas e vídeos, a mãe da jovem sempre afirmou que acreditava na possibilidade de encontrar a filha viva. Ela chegou a reconhecer uma calcinha e um batom de Tainá encontrados num suposto cativeiro, mas a polícia não confirmou se os objetos eram da grávida. (Com informações do G1)



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