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Defesa Civil interdita nove casas no Triângulo

Motivo foi o desmoronamento provocado pela elevação do nível do rio.

Publicado: 13/01/2017 às 05h10

Casas foram construídas em local de risco e foram afetadas pelo desmoronamento

Defesa Civil de Porto Velho interditou na última quarta-feira, 12, nove casas localizadas no bairro Triângulo, da capital, devido ao desmoronamento ocasionado pela elevação do nível do rio Madeira que em 10 dias subiu quatro metros.

O diretor de Departamento de Defesa Civil de Porto Velho, Marcelo Santos, adiantou que esse fenômeno é chamado de Terras Caídas e é considerado normal, devido a subida do rio.

“Como aqui é considerado uma área de risco, quem mora às margens do rio Madeira são os primeiros a ser atingidos. A água entra no canal e como não tem vasão suficiente, vai perdendo a competência e acontece os desmoronamentos”, diz o diretor.
Marcelo disse ainda que trouxe sua equipe de psicólogos para conversar com os moradores e comerciantes atingidos, porém eles se recusam a sair do local.

“Das nove casas atingidas, uma o proprietário já recebeu a indenização. Os demais, por eles terem construído um patrimônio, se recusam a sair e estão à espera de receber a indenização”, explica o diretor da Defesa Cível.

Morador do bairro há mais de 20 anos, o comerciante Erinaldo, relatou que esse deslizamento ocorreu devido ao novo bueiro que foi feito ano passado.

Equipe da Defesa Civil esteve no local para interditar a àrea

“Eles colocaram para derrubar nossas casas, fizeram esse bueiro ano passado, desviando a água para esse lado. A enchente de dois mil e catorze não nos prejudicou, pode ver que não tem nenhuma rachadura”, diz o morador.

Erinaldo, conta que ainda não recebeu indenização e não quer ir para os apartamentos, pois vive do comércio. “Eu não recebi nenhuma indenização ainda, mas também não quero saber dos apartamentos, eu vivo do comércio como que vou trabalhar em cima de um prédio?”, indaga.

Das nove casas existentes no local, três tiveram partes das atingidas devido o desmoronamento e segundo o diretor da Defesa Civil, a tendência é desmoronar ainda mais devido o volume de chuvas dos últimos dias. “A área está toda interditada, porém os moradores retiram as placas com avisos, o que prejudica mais ainda”, disse Marcelo Santos.

Por Woarlen Watanabe Diário da Amazônia

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