Porto Velho/RO, 27 Março 2024 14:55:48

Carlos Sperança

coluna

Publicado: 06/07/2018 às 06h00min

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Desigualdades regionais

Como todos sabem, a unidade do Brasil prevaleceu do Oiapoque ao Chuí.

Há exatamente 400 anos, o rei espanhol Filipe III, que também era Filipe II de Portugal, desistiu de manter o Brasil unido. A situação se arrastou por uma década, segundo o historiador Capistrano de Abreu .

O Estado do Maranhão abrangia os atuais Norte e Nordeste e foi separado do Brasil, restrito às capitanias do ES, RJ e São Vicente. Coube a Salvador sediar o governo Norte-Nordeste e ao RJ o Centro-Sul.

Como todos sabem, a unidade do Brasil prevaleceu do Oiapoque ao Chuí. No entanto, o presidente Temer de certa forma repete o monarca ibérico ao silenciar frente à campanha movida pelo Sudeste contra os incentivos fiscais que apresentaram importantes vitórias nos últimos anos, apesar das inúmeras crises que se sucedem no Brasil.

Ao contrário de pacificar o país, Temer estimulou os rancores entre as regiões ao anunciar a solução da crise dos caminhoneiros apresentando um elenco farto de distorções polêmicas, dentre as quais o imbróglio do IPI dos concentrados.

Pelo bem do Brasil, é justo esperar que o próximo presidente volte a reunir a Nação, para que as desigualdades regionais sejam vencidas com qualidade e o cobertor do orçamento seja menos curto.

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O vôo do tucano

Quem poderia acreditar na recuperação política do prefeito tucano Hildon Chaves, que tinha saído do inverno amazônico, mais sujo do que poleiro por causa dos buracos, das alagações da saúde pública precária, das decisões equivocadas, etc.? Dos últimos prefeitos é o único que esta conseguindo a façanha da recuperação- e se manter longe dos escândalos.

Reflexos políticos

A recuperação de Hildon Chaves terá reflexos políticos imediatos. Quanto mais desidratava, no seu período de inferno astral, os opositores Leo Moraes (Podemos), Mauro Nazif (PSB) subiam nas pesquisas em reação ao caos instalado na capital. Na recuperação de Hildon, a oposição enfraquece. A comparação anterior era negativa, agora mais positiva.

Nome mais forte

O ex-prefeito de Porto Velho Roberto Sobrinho participou do encontroe estadual do PT em Ji-Paraná e não deu um pio confirmando sua candidatura Assembléia Legislativa de Rondônia. O petista segue sendo o nome mais forte do partido e deve estar avaliando as alternativas de disputa, seja a deputado estadual ou federal.

Definindo estratégia

O PT deve estar definindo sua estratégia. Diante da nova legislação eleitoral, onde os partidos precisam eleger deputados federais para ampliar a participação do bolo do fundo partidário. Para tanto é essencial que a escalação da nominata a federal reforçada incluindo Roberto Sobrinho (Porto Velho), Anselmo de Jesus (Ji-Paraná), Padre Tom (Zona da Mata)

Zebras trotanto

Lembrando que favoritismo não quer dizer nada em RO, onde se diz que os “últimos serão os primeiros”, saltam na frente para a eleição à Câmara dos Deputados Mariana Carvalho, Marinha Raupp  Marcos Rogério, Melki Donadon, Jaqueline Cassol, Mauro Nazif, Leo Moraes e Nilton Capixaba. Mas já tem zebras trotando no caminho deles. Destes, sem querer voduzar ninguém, mas já voduzando, 4 devem cair do cavalo.  

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Via Direta

*** O ex-presidente da Assembléia Legislativa Neodi Carlos negou que seu PSDC esteja alinhado ao “Frentão” lançado em Vilhena *** E o PRB de Lindomar Garçon prossegue as tratativas também com outras coalizões também para a Câmara dos Deputados *** O lençol freatico  e Porto Velho já caiu um a dois metros abaixo, dependendo das regiões da cidade *** O verão promete ser severo e já tem gente aprofundando os poços caseiros na periferia.         


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sobre Carlos Sperança

Um dos maiores colunistas político do Estado de Rondônia. Foi presidente do Sinjor. Foi assessor de comunicação do governador José Bianco entre outros. Mantém uma coluna diária no jornal Diário da Amazônia.

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