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Diário da Amazônia

Excesso e desperdício: Será que a sociedade ficou mal acostumada?

Ter tudo em mãos trouxe 'infelizmente' a falta de valorização de várias coisas

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Publicado: 03/09/2018 às 08h22min

Com certeza a sociedade vive um dos seus melhores momentos em termos de acesso à informação e também facilidades através dos aplicativos de celulares. Se quer se locomover com mais tranquilidade, acessa o GPS, se não tem carro, usa um transporte alternativo. Se quer comer, mas não tem como sair de casa, pede um Fast Food. Se quer ouvir uma música ou um álbum de um artista, acessa o serviço de Streaming. Se quer estudar, mas não quer ir até o local, faz uma Faculdade EAD. Se quer ler um jornal, mas não pode se locomover até uma banca, acessa um portal de notícias e por ai diante. No entanto, com tanta facilidade através dos APP’s, algo surgiu inevitavelmente em nossa sociedade: a falta de valorização das coisas.

Basta lembrar que para ter acesso as mesmas coisas no final dos anos de 1980 e no decorrer dos anos de 1990 era preciso ter primeiramente recursos financeiros. O GPS instalado nos carros custava caro, o transporte para quem não tinha automóvel era apenas o ônibus e o Táxi (com tarifas sempre caras) e a  comida entregue em casa tinha taxas caríssimas. Já a tão sonhada Faculdade não existia á distância e era preciso gastar muito para fazer um curso superior. Os CDS de música custavam naquela época de R$20 a R$100 e não era todo mundo que tinha um aparelho de som com o “Laser Disc”. Além disso, o tradicional jornal (impresso) não era tão barato e as informações “mais ou menos gratuitas” passavam apenas no rádio e nos telejornais transmitidos durante o dia e a noite. Desta forma, se a pessoa não ouvia rádio e não tinha tempo para assistir TV, ficava totalmente por fora das situações.

Todavia,  hoje com o acesso à tudo isso  através da internet e o melhor, na palma da mão pelos aparelhos “mobile”, fica claro que as pessoas (ainda sim), não absorvem tudo, ou mesmo não aproveitam esses meios 100%. Basta olhar para as funções de um celular. Nele temos máquina fotográfica, bloco de notas para escrever, calculadora, pasta para armazenar arquivos, gravador de áudio, gravador de vídeo, tradutor de línguas e etc. Além disso, espaço para instalar aplicativos de vários segmentos. Hoje temos um “computador” em mãos e os antigos PC’s (de mesa) ficaram praticamente obsoletos. Se por um lado temos acesso a tantas coisas, por outro a sociedade tem deixado de valorizar o que tem facilmente em detrimento do excesso.

Tente aproveitar mais

O desperdicio tem se tornado algo muito comum em nossa sociedade. Com um mercado cada vez mais voltado ao comsumo exacerbado, os celulares “por exemplo” se tornaram algo “quase” que descartável. Muitos cidadãos não chegam a utilizar o aparelho nem dois (2) anos. É fato que esse mercado passa a impressão de fabricar aparelhos que começam a dar defeito a partir desse tempo. No entanto, as pessoas também não fazem questão de preservar esses eletrônicos. Assim, além da pequena utilização “real” do que o aparelho oferece, a sociedade (cada vez mais consumista) gasta de R$1 mil ou até mais de R$3 mil (divididos á perder de vista) em aparelhos que ela não fazem questão de conservar. É preciso se atentar quanto a questão do desperdício e do cuidado com as coisas. Além de ensinar a geração futura a saber conservar o que elas tem, teremos uma diminuição de gasto de dinheiro e um “meio ambiente” mais preservado e com toda certeza, mais limpo. Era do excesso e desperdício: Será que a sociedade ficou mal acostumada? Ter tudo em mãos trouxe  ‘infelizmente’ a falta de valorização de várias coisas. Pense nisso.



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