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PLANTÃO DE POLÍCIA

Final de semana violento nos presídios de PVH

Dois presos morrem e 12 ficam feridos no Ênio Pinheiro. Um morreu no Urso Branco.

Por Redação Diário da Amazônia
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Publicado: 16/05/2017 às 05h00min

Cerca de 430 detentos estavam no pavilhão onde teve início o motim, segundo a PM

No final da tarde do último sábado (13), dois detentos morreram e 12 ficaram feridos no motim ocorrido na Penitenciária Estadual Ênio dos Santos Pinheiro, em Porto Velho. A confirmação foi dada pela Secretaria Estadual de Justiça na manhã desta segunda-feira (15). A assessoria do Pronto-Socorro João Paulo II, para onde os feridos foram levados, informou ainda que seis detentos permanecem internados em observação.

O motim iniciou quando apenados atearam fogo em colchões dentro da penitenciária. O Grupo de Ações Penitenciárias Especiais (Gape) foi chamado para conter o princípio de rebelião na unidade prisional. O início do motim foi por volta das 17h e, poucas horas depois, os presos já haviam sido contidos.

A Polícia Militar (PM) disse que cerca de 430 detentos estavam no pavilhão onde iniciou o motim. Familiares que estavam em dia de visita, presenciaram o início da situação e permaneceram no portão da unidade aguardando informações.

A assessoria do Hospital João Paulo II informou que 14 apenados foram encaminhados para a unidade de saúde, sendo que três passaram por cirurgia e estão estáveis, três estão em observação, e todos os outros receberam atendimento e voltaram para o presídio no mesmo dia.

Morte no Urso Branco

Um jovem de 22 anos foi morto dentro da Casa de Detenção José Mário Alves da Silva, conhecida como Urso Branco, na manhã do último sábado (13) em Porto Velho. Segundo o boletim de ocorrência, uma denúncia anônima informou a um agente penitenciário que havia um corpo dentro do presídio e que um vídeo circulava pelas rede sociais mostrando o fato.
O agente penitenciário entrou em contato com o diretor da unidade e informou a situação. Um dos apenados, um homem de 33 anos, ao ser interrogado, admitiu ter matado um colega de cela. O preso contou ainda que escondeu o corpo no banheiro para evitar tumulto e não atrapalhar o dia de visita.

Após a confirmação da morte do apenado, os agentes da unidade retiraram os outros onze presos da cela e os colocaram no pátio da unidade para que a cela fosse isolada para perícia. Os agentes informaram que foi verificado que haviam marcas de luta corporal no corpo de alguns presos.

Após a perícia na cela, o corpo da vítima foi levado para o Instituto Médico Legal (IML). Os apenados que dividem a cela com a vítima foram levados à Central de Flagrantes para o registro da ocorrência. A causa da morte ainda não foi identificada.



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