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Diário da Amazônia

Fortalecendo o vínculo da mãe com o bebê

Licença: Mães servidoras públicas têm 180 dias de dedicação exclusiva ao bebê.

Por Vanessa Moura
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Publicado: 14/05/2017 às 05h05min

Edna Samáira e a sua filha Clara Beatriz, de apenas um mês

Edna Samáira, 31 anos, já dedica mais de 11 anos ao serviço público em Rondônia. Na Corregedoria-Geral de Administração do Estado tem uma rotina de grande responsabilidade, mas há cerca de dois meses o cotidiano dela não é o mesmo. Em licença-maternidade, ela faz uma pausa para uma missão especial: cuidar da pequena Clara Beatriz, de um mês.

A licença-maternidade é considerada um dos momentos mais especiais para as mães, e no governo de Rondônia as servidoras têm direito ao benefício por seis meses, diferente do setor privado, que é de quatro meses, a não ser que a empresa faça adesão à licença-maternidade estendida.
‘‘A licença-maternidade é de fundament

l importância, porque além de fortalecer o vínculo entre a mãe e o bebê, nos ajuda a cumprir a meta de seis meses de amamentação exclusiva. O que fortalece a saúde do bebê e dá mais segurança para nós ao ver nosso bebezinho bem alimentado e mais saudável’’, disse Edna.

A servidora pública Edna tem na própria mãe e na avó inspiração para cuidar bem da Clara Beatriz. ‘‘Eu e minha mãe morávamos com a minha vó desde que eu nasci. A minha vó criou oito filhos com a venda de tacacá, e agora a minha mãe ajuda ela. Me espelho nelas’’.

Expectativa de ser Mãe pela primeira vez

Quem também faz do trabalho a sua segunda casa, é Andreia Cardoso, 36 anos. Ela está à espera de Bruno, seu primeiro filho. ‘‘É muito lindo saber que tem um serzinho crescendo dentro de mim. Sentir o coraçãozinho dele batendo, é muito emocionante’’, contou ela que está com seis meses de gravidez.

A sensibilidade aflorada nos últimos meses se contrapõe à postura firme como diretora do Presídio Provisório Feminino de Porto Velho ( Pepfem). ‘‘Eu sou agente penitenciária há oito anos, e estou há três anos e seis meses como diretora. É difícil. São muitas as responsabilidades, temos de 60 a 70 presas, varia muito, e mais de 40 servidores, mas para quem gosta, como eu, é gratificante’’, revelou.

O período de licença-maternidade será o mais longo que Andreia ficará longe do trabalho. ‘‘Nem férias eu gostava de tirar. Eu gosto mesmo é de trabalhar’’. Ela também avalia como importante a licença-maternidade de seis meses concedida pelo governo de Rondônia. ‘‘É um momento que a criança é totalmente dependente da mãe, e é um momento que podemos cuidar exclusivamente do bebê, amamentar. Será um período muito gratificante’’, considera.

Para Andreia, o referencial para criação do Bruno será a própria mãe. ‘‘Ela criou quatro filhos e uma neta. Perdeu meu pai e recentemente perdeu meu irmão, e ela está firme com a gente. Eu pretendo criar meu filho com os mesmos princípios que a minha mãe me ensinou’’, garante.

Joyce relata a experiência de ser “pãe” de suas três filhas

Experiência de ser a “pãe” das filhas

Ao contrário de Edna, que é mãe pela primeira vez, a servidora pública Joyce Salomão, 36 anos, tem três filhas, Geisa de 16 anos, Giselly de 8 e a Gabrielly de apenas três meses, e reforça que a licença-maternidade é um período de extrema importância principalmente para aquelas que como ela são mães solteiras.

‘‘É muito importante esses seis meses de licença-maternidade que permite que o leite materno seja a única alimentação da criança nesses primeiros meses de vida, o que ajuda à saúde da criança, além de aumentar o contato quando ela mais precisa da gente’’, reforçou Joyce.

Lotada no gabinete da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), Joyce já tem nove anos de dedicação ao serviço público no governo de Rondônia. ‘‘É um trabalho maravilhoso. É a minha segunda casa’’, garante.

Ser mãe, uma definição tão difícil, afinal é uma função sem fim de expediente. Mãe é 24 horas por dia e desenvolve habilidades das mais variadas: É a professora, a enfermeira, a psicóloga, cozinheira, a super-heroína.

‘‘É muito difícil, mas ao mesmo tempo é maravilhoso’’, disse Joyce.



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