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Gasolina, a grande vilã da inflação

Portanto, não há motivo para grande comemoração, mas essa queda na inflação representa um ciclo que foi quebrado.

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Publicado: 09/02/2018 às 06h30min

O combustível foi o vilão principal da inflação no setor de Transportes, conforme mostrou ontem a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). O reajuste constante do preço da gasolina pesou no bolso do contribuinte, produziu um efeito altímisso no preço do frete. E a população assiste esse aumento com a maior tranquilidade.

Por grande coincidência, a Petrobras, decidiu na última quarta-feira, alterar o sistema de divulgação dos reajustes dos preço da gasolina e do diesel. Agora serão com base nos preços médios e não mais nos percentuais como vinham sendo feitos. Em resumo, o preço da gasolina vai continuar subindo. O que a população pretendia ouvir era a estabilização do valor do combustível, assim como a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) fez com a redução do preço da telefonia fixa.
Outro vilão do índice de inflação, conforme divulgou ontem o IBGE, foi o preço da batata e do tomate. Eles representaram as maiores altas do segmento de alimentação, conforme apurou o Diário na pesquisa. As altas do tomate e da batata-inglesa foram respectivamente de 45,71% e 10,85% e estão no topo da lista dos alimentos que mais apresentaram reajuste no mês de fevereiro.

Por outro lado, segundo os economistas, os números apresentados ontem apontam que essa é a inflação mais baixa para os meses de janeiro desde o início do Plano Real, em 1994. O problema é que na época do Plano Real, em 1994, não existiam 13 milhões de brasileiros à procura de emprego e o País passava por um grande processo de mudança no cenário político nacional com a mudança de governo. Ainda na época do Plano Real, o fantasma da Previdência não comprometia as finanças do Governo Federal. Portanto, não há motivo para grande comemoração, mas essa queda na inflação representa um ciclo que foi quebrado.

No entanto, o ano de 2018 será bem difícil para a economia e os governos precisam ficar bem atentos às mudanças que irão ocorrer a partir do mês de fevereiro. Lembrando que será um ano eleitoral e todos vão prometer soluções para combater a inflação, mas não é bem como muitos prometem. A verdade é que quando o presidente assume o governo, leva certo tempo para colocar a casa em ordem. É necessário identificar onde estão os problemas e o que pode ser ajustado para colocar o País na rota do crescimento.



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