Correndo o risco de serem presos, os policiais civis do Rio Grande do Norte não se apresentaram nesta quarta-feira, 3, na Delegacia Geral de Polícia Civil (Degepol/RN).
Eles descumprem alegando falta de recursos estruturais e de dinheiro para pagar passagens, combustíveis e até mesmo alimentação, a decisão proferida no início desta semana pelo desembargador do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, Cláudio Santos, determinou o imediato retorno ao serviço sob pena de multa e prisão em caso de descumprimento.
“Os policiais do Rio Grande do Norte estão com a dignidade afetada. Os policiais não conseguem cumprir a decisão judicial. Que o Estado nos prenda”, declarou o presidente do Sindicato dos Policiais Civis, Nilton Arruda.
Cobrando pagamentos dos salários de novembro, dezembro e décimo terceiro do ano passado, os policiais civis reduziram o serviço ao mínimo desde o dia 19 de dezembro.
“O Sindicato tentou, de todas as formas, reverter a decisão judicial. A gente chegou numa condição difícil. Nós não temos nem comida em casa”, disse Arruda.
Em mais uma tentativa de solucionar o impasse provocado pela não publicação de um cronograma de pagamento salarial pelo Governo do Estado, representantes do Sinpol/RN estão reunidos com a delegada geral, Adriana Shirley.
O Poder Executivo, porém, confirmou que ainda não tem um plano substitutivo ao que foi montado para efetivar os pagamentos com os R$ 225,7 milhões que seriam remanejados do Fundo Estadual da Saúde, mas barrados por decisão da Justiça Federal referendada pela Procuradoria Geral da União.