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RONDÔNIA

Imprudência no transporte coletivo

Tribunal de Contas recomendou ao SIM melhoria no serviço ofertado à população.

Por Daniela Castelo Branco Diário da Amazônia
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Publicado: 28/03/2017 às 05h25min

A aposentada Lindinalva, de 66 anos, aguarda cirurgia

Problemas graves estruturais, falta de higiene, frota reduzida, demora e super lotações dos coletivos já foram constatados pela população de Porto Velho. No entanto, um problema ainda mais grave é a falta de segurança e conscientização profissional que a empresa contratada (SIM) pela prefeitura da gestão passada oferece aos usuários. Em janeiro, a imprudência de um motorista causou um grave acidente com a idosa Lindinalva Marques Montegnolli, 66 anos.

Chorando muito e com muitas dores; foi assim que a equipe do Diário encontrou dona Lindinalva. A aposentada sofreu um acidente na manhã do dia 9 de janeiro deste ano, ao entrar no ônibus da linha Interbairros 040. Lindinalva, ao entrar no coletivo, se desequilibrou quando o motorista ‘arrancou’ em alta velocidade, não dando tempo para a idosa se segurar em qualquer apoio, e assim, acabou caindo dentro do ônibus. Mesmo aos gritos de dor e com várias pessoas revoltadas com o acontecimento, a idosa só foi ser atendida vários minutos depois.

A queda foi tão violenta que a idosa fraturou o fêmur e teve que passar por uma cirurgia muito delicada devido à sua idade já avançada e aos problemas de saúde que a paciente já tinha, além de precisar usar por muitos dias um balão de oxigênio. Desde o acontecido, Lindinalva precisar usar uma cadeira de rodas para se locomover.

O acidente foi tão impactante na vida da idosa, que não somente acarretou problemas físicos, mas emocionais e financeiros. Dona Lindinalva, que recebe apenas um salário (R$ 937,00) de aposentadoria, chora muito; conta que está traumatizada e que não pode ver sequer um ônibus na frente dela. Na manhã do acidente, a aposentada conta que ia sair para uma consulta normal no Hospital e ao pegar o ônibus Interbairros na frente do Supermercado Jardim, na avenida Guaporé, zona Leste da cidade, já ao adentrar no veículo, o motorista, sem esperar que a mesma se sentasse, partiu em alta velocidade e ao invés de parar e buscar assistência médica para a idosa, chamar uma ambulância, ou prestar socorro imediato, ficou andando normalmente e só parou no ponto final, que é na frente da policlínica Oswaldo Cruz. Somente nessa hora, foi que dona Lindinalva pôde ser socorrida e levada até o Hospital João Paulo II. A família conta que para apressar o atendimento à idosa, tiveram que pagar R$ 300,00 para uma ambulância particular. “Foi tudo muito rápido, quando vi já estava caída de joelhos no chão. Senti muitas dores e perguntei ao motorista por que ele tinha feito isso comigo. Acho que como tem poucos ônibus, eles tem que correr para atender aos patrões e chegar no horário certo. O motorista ficou rodando, rodando e eu gritando de dor. Uma mulher que estava dentro do ônibus reclamou aos berros com o motorista e até bater nele, ela quis. Hoje, estou com muitas dores, tomo mais de 10 remédios e mesmo assim não passa”, lamenta a doente.

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