Uma base da Centrais Elétricas do Brasil (Eletrobrás), localizada na Linha 2, distante cerca de 500 metros da BR 364, no Distrito de Extrema, em Porto Velho, será tomada por indios Kaxararí nesta quinta feira.
O manifesto dos indígenas pode causara interrupção do fornecimento de energia elétrica para o Acre atráves do linhão, um vez que as lideranças indígenas não descartaram ataques a duas torres que existem no local.
Paulo Kaxararí, um dos caciques da tribo, disse não garantir que um indígena venha atacar ou atear fogo em um das torres.
O grupo se organizou na aldeia da Terra Indígena Kaxararí com mantimentos para durar até vinte dias, numa mostra de que o movimento pode evoluir.
Os índios cobram a implantação da rede de energia elétrica do local que será ocupado até a aldeia onde vivem.
Segundo Paulo, em Porto Velho, os índios receberam a informação de que foram liberados R$ 19 milhões para a realização dessa obras, mas o dinheiro não foi aplicado e desapareceu.
À imprensa de Porto Velho, os caciques prometeram levar cerca de 300 índios Kaxarari para tomar as torres em protesto por energia elétrica, educação, estradas e saúde para todas as seis aldeias da reserva, localizadas na Ponta do Abunã.
Eles também ameaçaram que se forem atendidos podem danificar as torres, o que ameaça deixar o Acre no escuro. No Acre, o superintendente da PRF, César Henrique, mobilizou representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai) e do Ministério das Minas e Energia para que seguissem para o local do protesto.
