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Carlos Sperança

coluna

Publicado: 05/11/2017 às 06h30min

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Injustiça histórica

Coube ao presidente Ernesto Geisel – e não Garrastazu Médici como disse em coluna anterior – assinar os decretos de criação dos..

Coube ao presidente Ernesto Geisel – e não Garrastazu Médici como disse em coluna anterior – assinar os decretos de criação dos municípios de Ji-Paraná, Ariquemes, Cacoal, Pimenta Bueno e Vilhena, em novembro de 1977. Feita a correção a pedido de historiadores e leitores, creio que é preciso também Rondônia reparar uma injustiça histórica, porque papagaio come milho (no caso Geisel) e Médici levou a fama sendo homenageado com a criação do município de Presidente Médici, como lembra o historiador Montezuma Cruz.

Reparos feitos, mea culpa assumida, agradecimentos àqueles que ligaram e enviaram e-mails sobre o assunto, eis que toda a BR entra em festa com as datas de criação destes cinco municípios neste mês de novembro. Eles geraram os embriões dos demais nos anos seguintes. Até então, o Território Federal de Rondônia contava apenas com Porto Velho e Guajará-Mirim, dois dos maiores municípios do Brasil. Porto Velho continua com uma superfície territorial enorme, já que o distrito de Nova Califórnia, na divisa com o Acre, fica 350 quilômetros distantes.

Toda razão

Governadores de todo o País responsabilizam a União pelo avanço do tráfico de drogas na região de fronteira e pela elevada criminalidade como consequência o poderio das facções criminosas. E eles têm toda razão. O governo brasileiro – e nisto tem culpa em cartório as gestões tucanas e petistas – tem sido omisso na vigilância das divisas com os países produtores de drogas, e a situação da violência só tem crescido nas últimas décadas.

Tráfico fomenta

As esferas de segurança do Rio de Janeiro e São Paulo atribuem a situação de descontrole das drogas em seus Estados ao tráfico do Paraguai e do Mato Grosso do Sul. Infelizmente, se fizessem uma pesquisa rápida também perceberiam que boa parte das armas pesadas e da cocaína circulando por lá também é procedente de Rondônia, do Acre e do Amazonas com suas porteiras abertas para as facções criminosas.

União de esforços

Rondônia, Acre e Amazonas não têm recursos suficientes para assumir o controle das divisas na Amazônia. A União e Estados, que têm mais condições de colaborar com convênios, destinação de equipamentos e de apoio técnico, mesmo sendo atingidos pela violência derivada pelo tráfico de drogas, se omitem com relação à situação. E assim sendo, as facções criminosas vão tomando conta do pedaço.

Buscando apoio

Confirmado pelo PMDB como seu pré-candidato ao governo, o deputado Maurão de Carvalho, presidente da Assembleia Legislativa, corre atrás de apoio para sua candidatura. Além do respaldo dos seis deputados do seu partido, ele já angariou mais dois do PMN e mais cinco de outras legendas. Ao todo já são 13 parlamentares estaduais alinhados à sua postulação, e entusiasmado já adotou ritmo de campanha.

As coalizões

As coalizões vão se montando para as eleições do ano que vem. Num viés, temos Acir Gurgacz (PDT), numa aliança com o PSB e mais outras siglas. Noutra vertente a união de Expedito Júnior (por enquanto ainda no PSDB), tido como cavalo paraguaio incorrigível, e o pé frio Ivo Cassol (PP), formando outro pelotão. O terceiro bloco é liderado pelo PMDB, com Maurão de Carvalho. Além destes três blocos, temos caras novas se lançando, com uma enxurrada de postulantes.

Via Direta

*** Com o prefeito Hildon Chaves e sua turma em viagem à China, o cristão Edgar do Boi (PSDC) despacha no Paço Tancredo Neves desde o início da última semana *** Atuando como vacas de presépio durante três anos, a maioria dos deputados estaduais está com o coração na mão, de tanto medo de não conseguir a reeleição *** É provável que tenham razão, já que o sentimento de renovação toma conta de Cabixi à praia do Tamanduá.


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sobre Carlos Sperança

Um dos maiores colunistas político do Estado de Rondônia. Foi presidente do Sinjor. Foi assessor de comunicação do governador José Bianco entre outros. Mantém uma coluna diária no jornal Diário da Amazônia.

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