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Diário da Amazônia

Jungmann alerta sobre migração de criminosos

O ministro diz que a intervenção no Rio pode empurrar organizações para outros Estados.

Por Assessoria
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Publicado: 23/02/2018 às 06h30min

O ministro Raul Jungmann destaca a preocupação diante dos efeitos da intervenção

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou ontem ser “plausível” que organizações criminosas migrem para outros Estados com a intervenção federal no Rio de Janeiro. Na saída de almoço com membros das Forças Armadas, ele reconheceu que o tema preocupa o Governo Federal e disse que, onde a atuação das forças de segurança se mostra efetiva, a atividade criminosa costuma se deslocar.

O ministro da Justiça, Torquato Jardim, se reuniu na capital paulista com secretários estaduais de Segurança Pública de São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo para discutir planos de colaboração. “Eu acho que é plausível, porque essa migração ocorre, por exemplo, dentro do Rio de Janeiro, dentro de Pernambuco e dentro de Goiás. Onde há uma eficácia maior, o crime de certa maneira migra. Há uma preocupação que a gente tem de cuidar para que não se corporifique”, disse.

O ministro observou que a criminalidade hoje é nacional e citou dado do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), segundo o qual de 2014 a 2016 saltou de 3 mil para 13 mil o número de integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) em presídios do País. “É importante ter a cooperação desses três Estados e acredito que o futuro Ministério da Segurança Pública irá se debruçar sobre o tema em conjunto com esses governos estaduais”, disse.

Segundo Jungmann, a previsão é de que o interventor no Rio de Janeiro, general Braga Netto, apresente na semana que vem o seu plano de atuação na segurança pública. “Nós ontem falamos pelo telefone e ele me dizia que espera nos próximos dias, acho que possivelmente na próxima semana, apresentar à imprensa”, afirmou. O ministro também confirmou que a empresa americana SpaceX tem interesse em utilizar o Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão.

Segundo ele, representantes da empresa privada de exploração espacial já visitaram a base aérea. “Eu acho que isso é uma manifestação de interesse, mas não posso dizer se será efetivado”, afirmou. Segundo ele, até o momento, quatro países já demonstraram interesse em utilizar plataformas de lançamento: Estados Unidos, Rússia, Israel e China.



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