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PLANTÃO DE POLÍCIA

LCP troca tiros com a Polícia Militar

As vítimas relataram que foram algemadas e agredidas fisicamente.

Por Redação Diário da Amazônia
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Publicado: 19/07/2017 às 05h00min

Diante da situação os policiais militares, com apoio de uma aeronave, ocuparam posições seguras para revidar o ataque

Na tarde do último domingo (16) a Fazenda Paraíso, localizada na Linha MC07 Travessão Atalaia, em Cujubim, foi invadida por integrantes da Liga dos Camponeses Pobres (LCP). Segundo as vítimas várias pessoas utilizando fardamento similar ao do Exército Brasileiro, com rostos cobertos, luvas, coturnos, coletes e fortemente armados deram início a invasão.

As vítimas relataram que foram algemadas e agredidas fisicamente e o tempo todo sendo ameaçadas de morte com armas de fogo, enquanto isso outras pessoas destruíam a fazenda e ateavam fogo nos bens, subtraíram dinheiro em espécie, celulares, um tablete e um quadriciclo. Por volta das 19h todas as vítimas foram liberadas, em seguida encontraram apoio e chegaram à cidade onde registraram a ocorrência.

De acordo com a Polícia Militar, diante da inferioridade numérica, assim como a região ser em maioria de mata fechada, que facilitariam prováveis emboscadas contra as guarnições, o efetivo de Cujubim acionou reforço policial militar, que prontamente foram atendidos com apoio de guarnições do GOE e Força Tática do 7º Batalhão em Ariquemes.

O Comando do 7º Batalhão através do MAJ PM Farias Comandante do Batalhão repassou as informações sobre o ocorrido ao Coordenador Regional de Policiamento II TC PM Plinio que informou o Comandante Geral da PM, CEL PM Ênedy, que imediatamente reportou-se ao Secretário de Segurança, Cel BM Caetano, que determinou o deslocamento do NOA para auxiliar na ocorrência, sendo assim o Comandante da aeronave (falcão 02) MAJ PM Lopes se deslocou para Ariquemes onde ficou a par da situação, sendo que a aeronave foi primordial para salvaguardar os militares que estavam em campo bem como para subsidiar as ações e manobras em solo, formou-se um comboio policial e iniciou-se deslocamento até o local onde ocorreram os fatos, a fim de verificar a veracidade das informações.

As vias próximas de acesso à fazenda estavam com pontes parcialmente danificadas e com tratores queimados e vários “miguelitos” (uma espécie de cruz formada por pregos entrelaçados para furar pneus de veículos) espalhados pela estrada. Ultrapassando estes diversos obstáculos o comboio chegou à fazenda, onde foi constato que o local estava totalmente destruído, as residências, tratores entre outros bens do imóvel, tinham sido queimados e depredados.

Barreira humana foi usada contra comboio

Com auxílio da aeronave da Sesdec, Falcão 02, foi possível verificar a alguns quilômetros à frente da fazenda, um aglomerado de pessoas que estavam com rostos cobertos e ateavam fogo em barricadas. O comboio se deparou com uma barricada de várias mulheres, algumas delas com crianças de colo, e também crianças de diversas faixas etárias e vários suspeitos com os rostos cobertos. Entre eles, os policiais conseguiram visualizar pelo menos 03 (três) suspeitos com armas longas, sendo que estes iniciaram disparos contra as guarnições. Devido ao risco a tropa não revidou o ataque, pois os suspeitos de forma pávida faziam as crianças de escudo humano.

Diante da situação os policiais, com apoio da aeronave, iniciaram uma movimentação de forma ordenada e prudente, se desdobrando na mata, vindo a ocupar posições seguras para revidar. Os suspeitos adentram na mata fechada e continuaram a efetuar disparos.

Após ser verificado que nenhuma pessoa estava ferida, foi dada voz de prisão aos conduzidos e apreendidos infratores. Em seguida foi feita uma varredura na mata fechada, porém os suspeitos que impeliram contra os policiais, bem como as armas não foram localizadas, mas capsulas de diversos calibres foram encontradas, sendo elas de calibre 38, 32, 12, 20, 36 e .40.

Também foram localizadas várias peças de roupas camufladas, coturnos e um quadriciclo roubado da fazenda. Diante dos fatos 48 envolvidos foram apresentados à delegacia, assim como todo o material apreendido no local do confronto. O perito plantonista realizou a perícia técnica do local. (Com informações da PM-RO)



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