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Instituída há exatamente dez anos, a Lei Seca tem auxiliado para a diminuição dos acidentes por embriaguez ao volante em todo o Brasil, onde o número de atuações cresceram durante os anos e hoje já passam de 1,7 milhão desde 2008.
Em Rondônia a lei começou a atuar em 2012, onde Departamento Estadual de Trânsito (Detran-RO) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), vem realizando um trabalho árduo, pois mesmo com as intensas fiscalizações os acidentes e números de apreensões continuam aumentando no estado.
Apenas na Capital, em uma operação da Lei Seca realizada em maio deste ano, ainda nos dois primeiros fins de semana do mês, 26 pessoas foram presas por estarem dirigindo embriagadas ao volante.
O Brasil é um dos países com legislação mais severas sobre o tema e segundo o diretor técnico de fiscalização do Detran, Coronel Lisboa, a lei tem ajudado a salvar vidas em todas as cidades que a lei atua, e desde a sua implementação cerca de 30% dos acidentes por embriaguez diminuíram em todo o estado, mas existem pontos que precisam ser melhorados, principalmente a resistência que parte da população ainda possui em relação as abordagens.
“O fato é que houve diminuição dos acidentes em 30% nos municípios rondonienses em que a Lei atua desde que foi instituída, claro que alguns pontos precisam ser melhorados como é o caso da educação, só assim os jovens terão mais consciência quando pegar no volante, os números de jovens que bebem e usam o volante tem aumentado, ainda somos incompreendidos por parte da população, não é a nossa vontade prender ninguém, apenas queremos garantir a segurança e preservar a vida de todos”, pontuou o Coronel.
Mesmo com o aumento das autuações no Brasil, o número de motoristas sendo flagrados bêbados continua crescendo, em vez de diminuir com a rigidez das punições ao longo dos anos.
Ainda persiste a problemática de não existir um registro nacional com as ocorrências de todos os estados, como as fiscalizações de tráfego são compartilhadas pelos Detrans, cada estado tem sua própria forma de coibir a embriaguez ao volante, onde alguns são bem mais atuantes, outros menos
Álcool é a segunda maior cauda de mortes no brasil
Segundo a Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet), o álcool é a segunda maior causa de mortes no trânsito no Brasil. O primeiro deles é a velocidade acima do permitido. E os dois podem ser evitados com atitudes simples: não correr e não beber.
O risco de um acidente fatal é multiplicado por 5 quando o motorista dirige a uma velocidade 50% superior à permitida ou com 0,5 g/L de álcool no sangue (equivalente a duas taças de vinho em média), conforme avaliação do Conselho de Segurança Viária da União Europeia.
Essas atitudes simples são essenciais para o Brasil cumprir a meta firmada com a ONU de reduzir em 50% as mortes no trânsito entre 2011 e 2020, mas os dados mais recentes mostram uma tendência de queda apenas depois de 2014.
