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Diário da Amazônia

Leilão: cinco coisas que você jamais imaginou serem vendidas

De barcos a liquidificadores industriais, pregões da internet não se limitam a vender apenas produtos convencionais

Por Assessoria
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Publicado: 06/12/2017 às 16h14min

Para além de carros e imóveis, um leilão pode também reunir diversas outras mercadorias não tão comuns de encontrar. São produtos que interessam a lojistas, revendedores de peças e comerciantes em geral, mas que, por estarem disponíveis a pessoas físicas, chamam a atenção.

Nos últimos meses, por exemplo, o site da Sodré Santoro, uma das maiores leiloeiras do país, recebeu um catamarã de 11 metros de comprimento, um conjunto de carcaças de liquidificadores, dois moedores de carne industriais, uma fonte de chocolate e um kit usado de câmeras e interfones de segurança. Tudo para ser negociado pelos pregões do leilão online.

“Se o proprietário de um bem quer colocá-lo no mercado, a Justiça autoriza, é só disponibilizar na leiloeira e esperar pelos lances”, comenta o diretor da agência, Flávio Santoro.

As vantagens e os riscos de um leilão desses materiais são os mesmos dos veículos ou propriedades: os novos donos podem agendar visitas para olhar os produtos, mas nem sempre podem testá-los. O lance é dado com base na experiência de cada um em leilões e por uma prévia pesquisa de mercado.

De acordo com dados das agências de leilões, apenas 20% dos clientes dos pregões são pessoas físicas. A maior parte dos compradores, assim, são empresas ou comerciantes interessados nas mercadorias ou em parte delas.

No caso de produtos específicos mais comuns, como a fonte de chocolate, geralmente quem arremata é um consumidor comum. Mercadorias de usos mais complexos, como o catamarã, são colocadas à venda para chamar a atenção de instituições, como transportadoras e agências de carga marítimas. Até novembro, a embarcação ainda não havia recebido nenhum lance.

Os preços, nesses casos, são mais difíceis de comparar. O catamarã produzido em 2014 de 11 metros de comprimento e um motor Volvo, ancorado na represa de Guarapiranga, custava R$ 41 mil. Por suas dimensões, ele deve ser usado para transportar veículos de pequeno porte por rotas fluviais.

As sucatas de liquidificadores, no entanto, atendem à demanda de donos de restaurantes ou lanchonetes. A leiloeira colocou na ata que não se responsabiliza pela falta de componentes ou pela situação de funcionamento dos aparelhos, mas o preço pode compensar: R$ 200 reais por seis liquidificadores industriais, dois espremedores de frutas, dois multiprocessadores e uma batedeira industrial. Os produtos foram penhorados de um restaurante em falência.

O mesmo para o kit de panquequeira, fogão, máquinas de café e uma fonte de chocolate, vendido pela Sodré Santoro por R$ 350 reais em agosto, usados como pagamento de um imbróglio judicial.

Produtos estranhos
Recentemente, o site de leilões internacional Ebay, que tem um formato distinto de negócio – os próprios usuários vendem seus produtos – publicou uma lista com diversas mercadorias “bizarras” que foram negociadas na plataforma.

Entre elas, um espelho em estilo vitoriano vendido por ser mal-assombrado, um quadro aterrorizante de duas crianças com máscaras de pessoas adultas e uma caixa cujo dono dizia que nela estava preso um demônio hebreu. Segundo a descrição, desde que ele adquiriu o produto, um cheiro de xixi de gato havia aparecido na garagem e algumas vozes falando palavrões eram ouvidas – uma história que deu origem ao filme Possessão, de 2014.

Outros são mais pitorescos do que assustadores: um vendedor de Michigan, nos Estados Unidos, colocou à venda um amuleto para comunicação com animais por US$ 16. Outro, também dos EUA, disse que havia a “sombra de Deus” em frascos vendidos por US$ 28.



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