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Lenha na fogueira

Música de artista local nas rádios de PortoVelho é coisa dificil de se ouvir. São contadas nos dedos as músicas de..

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Publicado: 26/04/2017 às 06h00min

Música de artista local nas rádios de PortoVelho é coisa dificil de se ouvir. São contadas nos dedos as músicas de artistas/cantores/compositores de Porto Velho e do estado de Rondônia tocadas em nossas rádios.

Na edição do Diário Revista do último domingo, o jovem jornalista (estagiário) Jaylson Vasconcelos em entrevista com os integrantes da Banda “Fora do Script”, nos coloca frente a frente com o problema, vivido não só pelo grupo, mas, por todos os artistas locais que têm música gravada.

Acontece que os programadores de nossas rádios em especial das FMs não colocam nas grades de suas programações, músicas de artista locais, alegando falta de qualidade da gravação.

Pura balela – Como é que eles tocam músicas com baixíssima qualidade em suas gravações. Gravações que podemos classificar como feitas nas coxas, ou seja, em estúdios sem nenhuma qualidade, só porque receberam a gravação via plataforma digital, (e-mail, WattsApp, etc|).

Escrevo isso, porque também recebo diariamente, centenas de músicas gravadas sem nenhuma qualidade, mas, que seus produtores sabem do poder da comunicação via plataforma digital e distribuem esses produtos para tudo quando é mídia. É claro que no meio de tanta “baboseira’ vem também coisas muito boas.

Aí quando um cantor local chega com seu trabalho em CD ou outra qualquer plataforma digital, recebe de cara um NÃO. “Não posso tocar sua música porque a gravação não tem qualidade”.

Hoje em Porto Velho e em Rondônia existem estúdios dotados de equipamentos da mais alta qualidade, do que existe de mais moderno em se falando em equipamento eletrônico. Não ficamos a dever PN para os estúdios do sudeste brasileiro, ou do centro-oeste.

Tenho conhecimento de músicos, cantores que gravaram parte de suas músicas nos estúdios de Porto Velho e parte nos estúdios do sudeste e a qualidade é a mesma. Só que nossas rádios não tocam músicas desses cantores.

Olhem só. O compositor Bado tem um ótimo trabalho musical e esse trabalho você não ouve em nossas rádios. Bado, inclusive, gravou em Porto Velho, São Paulo e Minas Gerais e nem assim suas músicas entram na programação das rádios locais.

Zezinho Maranhão do mesmo jeito. Alguma ou outra música do Zezinho se ouvia nas rádios de Porto Velho.

Sílvio José – Silvinho lançou um CD super bem produzido, valorizado no Amazonas e nem assim toca nas rádios de Porto Velho.

A Banda Nitro fez sucesso fora de Rondônia, mas, nossas rádios poucos deram cartaz para as músicas produzidas pelo Denis e Cia.

A Banda Versalle nunca mais se ouviu nas rádios de Porto Velho. E por aí vai. Nossos apresentadores de programas não sabem valorizar a produção local. O negócio deles é tocar o que dizem pra eles “que está fazendo sucesso no Brasil”.

Os locutores apresentadores de programas das nossas rádios, não sabem o poder que eles tem para transformar um produto em sucesso. Assim mesmo, dou minha cara a tapa se existe algum que possa dizer, essa música fui eu quem colocou no sucesso.

Nossos apresentadores de programa de rádio são verdadeiros “maria vai com as outras”. Não são capazes de perceber o valor musical de um Binho, Augusto Silveira, Tom Brito, Gioconda, Elisa Cristina, Ceiça Farias, Kalli, Cobras do Forró e tantos outros talentos de Rondônia.

É claro que existem as exceções como o menino que apresenta o programa cultural aos sábados na Rádio Cultura FM, e a turma da Transamazônica que tocam músicas dos nossos artistas. Será que estão querendo implantar o sistema “JABA” ou já existe isso em Porto Velho?



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