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Lenha na Fogueira

Em tempo de início dos preparativos para o carnaval. Estamos colocando este espaço à disposição das entidades carnavalescas, para..

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Publicado: 11/01/2018 às 06h10min

Em tempo de início dos preparativos para o carnaval. Estamos colocando este espaço à disposição das entidades carnavalescas, para divulgação (gratuita) de suas programações.

Basta enviar o release para o email [email protected] ou [email protected] se tiver foto é bom anexar, panfleto, cartaz etc. também pode. Se não tiver quem produza um texto, manda apenas o nome do evento, o local onde será realizado, o horário, as atrações (banda, show de mulata, DJ etc.).

Por exemplo: nesta sexta-feira 13, a escola de samba Acadêmicos do São João Batista vai realizar o concurso que vai eleger a Rainha Gay do Carnaval 2018 de Porto.

A festa da azul e branco será na Chácara do Enock com início às 20h. Mesa para 4 pessoas R$ 50 e individual R$ 10.

Gilson Macedo Dias, que por sinal foi o responsável por eu ter composto a marchinha Hino da Banda do Vai Quem Quer em 1981 (Chegou a Banda a Banda a Banda…), publicou nas redes sociais um texto muito interessante sobre o “Escambo”, ou o estilo de COMPRAR FIADO em tempos passados até os dias de hoje. Acompanhem que muito legal:

Primeiro você comprava no armazém de secos e molhados ou na taberna e o dono do estabelecimento já tinha o caderno, cada folha com o nome do “pindurante”. Relação de absoluta confiança entre as partes. Não tinha serviço de proteção ao crédito, muito menos protesto em cartório. Advogado pra essa causa, nem pensar. Se no dia do pagamento não viesse saldar a caderneta passava o mês só à água, não tinha nem o pão.

Foi quando apareceu o Sr. Cheque. Quem tinha um talão gozava de ilibada reputação. Tinha taberna que não aceitava dinheiro, só cheque. O status do cheque estava no topo da pirâmide. E quem tinha o especial? Comprava tudo. Pagava conta no buteco, local onde se reuniam grandes homens de negócio, portadores de cheque.

O cheque chegou ao seu apogeu quando inventaram a figura do “pré-datado”. Servia como garantia para grandes negócios como compra de casa e imóveis, substituía a desgastada Nota Promissória. Mas a popularização do cheque o levou também à sua derrocada. Todo mundo tinha talão e na hora da ostentação ninguém queria saber se tinha lastro ou não. Ficou desmoralizado. Restaurantes exibiam painéis com uma galeria de cheques sem fundos, expondo seus emissores estelionatários à curiosidade popular. Foi declinando até ser humilhado publicamente em todos os estabelecimentos comerciais com o aviso postado: “não aceitamos cheque”. Quantos BO’s não ocorreram até a sua total marginalização.

Hoje não é mais produto que os bancos ofereçam aos seus clientes. Está em extinção.

É um mico (leão dourado). Surgiu o abençoado CARTÃO DE CRÉDITO, onde você pode parcelar suas compras em qualquer estabelecimento comercial. Posto de gasolina é bem aceito.
Mas…

Já se começa a se sentir uma discriminaçãozinha em relação a este dinheiro plastificado. Primeiro o aparecimento de seu primo-rico, o Cartão de Débito. Já há locais que só aceitam este, dada à sua rápida conversão em espécie. As coisas estão se transformando e evoluindo muito rápido.

Mas… peraí… acompanhando essa velocidade digital, sinto um retrocesso no ar…

Estabelecimentos comerciais com descontos e promoções. “Só no dinheiro”. Posto de gasolina dá dois centavos de desconto, como promoção, mas “no dinheiro”.

E na periferia a prática das cadernetas só para os conhecidos e vizinhança começa a crescer. Mas com certeza, se não honrar seus compromissos a punição é mais severa que no passado.

Assim caminha a humanidade. Como cachorro correndo atrás de seu próprio rabo.



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