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RONDÔNIA

Mais de 280 casos de dengue em Porto Velho

O Ministério da Saúde incluiu Porto Velho como uma das capitais em estado de alerta.

Por Ana kézia Gomes Diário da Amazônia
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Publicado: 05/12/2017 às 07h00min

Pneus velhos servem como ambientes adequados à procriação do Aedes porque acumulam água e favorecem a desova

Uma das capitais com índices em estado de alerta, segundo o Ministério da Saúde, Porto Velho registrou, até novembro deste ano, 286 casos de dengue, 64 de chikungunya e 31 de zika. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), rotineiramente são realizadas ações de combate à dengue. “No nosso dia a dia vamos de porta em porta, de cada bairro de Porto Velho conversando com os moradores, sensibilizando e orientando quanto aos cuidados necessários para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti”, disse Ismael Tenório da Costa, gerente da divisão de controle de vetores da Semusa.

De acordo com Ismael da Costa, a Semusa realiza três Levantamentos Rápidos de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) por ano, nos meses de fevereiro, maio e outubro. O último levantamento apontou o bairro Marcos Freire, na zona Leste de Porto Velho, com o maior índice de infestação predial, exigindo que as ações de combate fossem intensificadas na região. Para combater o Aedes adulto, o gerente informou que dois carros de UBV (ultra baixo volume) reforçarão a aplicação de inseticidas nas áreas com maior infestação, em horários estratégicos, para otimizar o serviço. “As medidas preventivas envolvem o nosso quintal e também dos vizinhos. Nós verificamos que 40% dos focos são em recipientes de plástico e latas, e 26% em pratos de plantas e caixas d’água,” acrescentou.

Em julho de 2016 começou a ser realizada em Porto Velho uma campanha de vacinação contra a dengue, baseada em pesquisa desenvolvida pelo Instituto Butantan que conta com o suporte do Centro de Pesquisa em Medicina Tropical (Cepem). Em Porto Velho, mais de mil pessoas já tomaram a vacina, embora ainda esteja em fase de testes. A campanha tem previsão para ser encerrada em março de 2018. Após a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a vacina será produzida em larga escala pelo Butantan e disponibilizada para campanhas de imunização em massa na rede pública de saúde em todo o Brasil.

Em queda

O Ministério da Saúde, em 2017 os casos de dengue no Brasil diminuíram 83,7% em relação ao ano passado, segundo resultado das pesquisas do Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa). Até 11 de novembro de 2017, foram notificados 239.076 casos prováveis de dengue em todo o País em comparação com 1.463.007 no mesmo período de 2016. Na Região Norte o número de casos de dengue é de 21.057.

Combate deve ser mantido

De acordo com o Ministério da Saúde, a queda dos números não significa que o combate deva diminuir, mas que os trabalhos precisam permanecer para erradicar o mosquito, que também dissemina doenças como chikungunya e zika vírus. Quando se trata da chikungunya, em 2017 foram confirmados laboratorialmente 149 óbitos, enquanto que no mesmo período de 2016 foram 211 mortes. Nos casos do zika vírus houve redução de 92,1% em relação a 2016 em todo o País, já que em 2016 foram registrados 214.126 e neste ano 16.870. A prevenção continua sendo a melhor arma de combate ao Aedes aegypti, a recomendação é evitar focos de acúmulo de água em pneus velhos, vasos de plantas, garrafas, caixas d’água, tambores e lixeiras, dentre outros recepientes.



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