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Memórias de escolas da floresta são resgatadas

Um projeto inovador que tem como foco o resgate de memórias e a produção de material de registro escrito e fotográfico de escolas..

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Publicado: 14/02/2014 às 12h45min

Um projeto inovador que tem como foco o resgate de memórias e a produção de material de registro escrito e fotográfico de escolas localizadas na área rural de Rondônia. Este é o foco do projeto ‘Memórias: escolas da floresta amazônica – o imaginário, o poético, as histórias e o real’. A ação é desenvolvida por professora da Faculdade de Educação da USP (Feusp), Sônia Kruppa e Nídia Nacib Pontuschka, de São Paulo, e tem apoio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), em Rondônia. Na manhã da última terça-feira as professoras se reuniram com gestores em educação, secretários e professores no auditório da Coordenadoria Regional de Educação (CRE).

Os participantes apresentaram as propostas do projeto, que tem como foco a pesquisa para produção de artigos, dissertações e teses a partir do material coletado. Para isso deve contar com parceria da Unir, USP e UFPR, do Paraná. Neste sentido visa o amadurecimento da pesquisa científica dentro das instituições de ensino, com foco nas escolas da floresta. Outro objetivo é a realização de exposição fotográfica e posteriormente um livro. De acordo com a professora Sônia, o projeto visa resgatar e registrar memórias da escola e da comunidade. “Para isso teremos participação dos professores, alunos e comunidade de cada região”, explicou. O trabalho tem como proposta a sistematização da história local, algo até então impensado no estado de Rondônia, no âmbito das escolas rurais. “Faz parte da identidade de um povo conhecer o seu território”, frisou a professora.

Para isso as pesquisadoras pretendem atuar em diversos municípios, com escolas específicas. Em Porto Velho o trabalho deve abranger quatro distritos, com cerca de 70 escolas, em Cacaulândia, há previsão de se trabalhar com 12 a 15 escolas. Em Cacoal, outras 12 estão no cronograma de trabalho, em Candeias do Jamari são 12 escolas. Em Costa Marques e Urupá, os trabalhos serão realizados em oito escolas, respectivamente, em Vilhena serão seis escolas.

O secretário de Educação de Urupá, Valdir Rodrigues, esteve presente na reunião e se mostrou entusiasmado. “É suma importância fazer este levantamento da história”, disse. No município existem 2,6 mil alunos estudando em escolas rurais e 90 professores atuando nestes locais. Com isso há possibilidade de se fazer um trabalho interessante com alunos, professores e comunidade.

CRONOGRAMA E O PROJETO SÃO APRESENTADOS 

O cronograma de ações dentro do projeto prevê, após a reunião com secretários e prefeitos do Conesul, incluindo os municípios que fazem parte da ação, reunião com equipes de gestão e adesão ao projeto. Ontem, os professores visitaram uma escola tradicional na área rural de Cacoal.

Após a etapa de planejamento, entre março, abril e maio serão realizados seminários e oficinas, além de trabalhos de campo nas escolas rurais do Estado.

Entre junho e julho está prevista a catalogação e análise do material fotográfico e registros escritos. Em outubro deve acontecer a primeira versão da exposição itinerante em escolas locais no estado. Em novembro está prevista a entrega de textos e a produção de um livro sobre o resultado do projeto.

A intenção do grupo de professores que está coordenando estes projetos (todos oriundos da Feusp) é a organização de um centro de memória das escolas de Rondônia e parceria das instituições no intuito de formar pesquisadores nos mestrados e doutorados para atuar junto ao centro de memória, o que indiretamente fortalece nossos mestrados e a formação de nossos professores, redundando em melhoria na qualidade de ensino.



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