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Diário da Amazônia

Mercado do boi gordo reage em Rondônia

Com a redução do imposto sobre a carne, o mercado pecuário registra reação no Estado.

Por Redação Diário da Amazônia
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Publicado: 20/08/2017 às 05h00min

Após queda acentuada registrada em julho, o preço da arroba começa a se recuperar e deixa os pecuaristas otimistas

O mercado do boi gordo está em processo de franca reação, após um período de queda no preço da arroba. Em Rondônia o preço da arroba já esteve em R$ 116,00 no mês passado e agora está em R$ 124,00, com a perspectiva de atingir os R$ 136,00 ainda neste semestre, de acordo com projeção feita pelo presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Rondônia (Faperon), Hélio Dias de Souza. Segundo ele, a redução da alíquota do imposto incidente sobre a venda da carne bovina (boi vivo), de 12% para 2,4%, vem contribuir para tornar o mercado ainda mais competitivo, principalmente diante do fato de que existe um represamento de aproximadamente 600 mil cabeças. “Como o mercado é disciplinado pela lei da procura e da oferta, a medida contribui para fluir o comércio do segmento pecuário porque atrai compradores de outros estados. Informados sobre a redução do imposto, os compradores já começam a se deslocar para Rondônia. Isto proporciona competitividade”, mencionou.

Hélio Dias disse que nesse primeiro momento a redução do imposto sobre a venda do boi vivo pelo governo Estadual contribuirá para eliminar o represamento de animais jovens. “Além disso, estamos mantendo contatos com os maiores frigoríficos do Estado para que estudem a possibilidade de aumentar o abate de animais porque entendemos que isso também será importante para o setor pecuário nesse momento”, informou. Alguns frigoríficos já informaram à Faperon que têm aumentado o volume de abate, contribuindo com o setor produtivo na recuperação dos preços da arroba do boi vivo em Rondônia. Segundo Hélio Dias, a iniciativa é fundamental para o setor produtivo, principalmente por conta do represamento de animais bovinos acabados e prontos para serem abatidos. “Mesmo num momento de crise econômica e de redução do consumo interno de carne, o aumento da quantidade de abate favorece a recuperação dos preços da arroba”, disse. Para o presidente da Faperon, o aumento do volume de abate por alguns frigoríficos é importante para o setor produtivo e amplia as probabilidades de reduzir o represamento de animais.

indústria também se fortalece

Hélio Dias destacou a iniciativa da indústria frigorífica do Estado, mostrando-se otimista, inclusive, com a possibilidade de dois frigoríficos antigos, um na região de Porto Velho e outro na região central do Estado, que estavam parados e agora se preparam para retomar suas atividades. “Isso também favorece a competitividade”, reforçou, acrescentando que a Faperon defende que o Conder mantenha os incentivos tributários para as plantas que estão retomando as suas atividades. “É importante que os incentivos sejam mantidos e até ampliados porque são plantas que estão investindo na adequação de suas instalações para aumentar a capacidade de abate. Isso também vem colaborar para o processo da concorrência leal, que deve ser incentivada”, acentua. Outro ponto positivo, segundo o presidente da Faperon, é o novo sistema de inspeção que permitirá às plantas frigoríficas competir também em outros mercados. “Isto permitirá que novos mercados sejam abertos para pequenas indústrias, que poderão expandir os seus negócios”, concluiu.



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