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Meritíssimos, vão devagar!

Querem passar de R$ 26 mil para R$ 39 mil por mês.

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Publicado: 15/08/2015 às 09h15min

Os poderosos aumentaram ou tentam aumentar seus vencimentos. Agora, com todo o respeito, são os ministros do Supremo Tribunal Federal. Querem passar de R$ 26 mil para R$ 39 mil por mês. Merecem muito mais, é claro, pois em suas bancas de advogado estariam faturando milhões, por mês. O diabo é que o salário mínimo está em R$ 788.

Divide-se cada vez mais o país, entre favorecidos, de um lado, e sofredores, de outro. Porque nem nas empresas privadas, exceção dos barões, os salários bastam para a sobrevivência de trabalhadores e amanuenses. Nas camadas não privilegiadas do serviço público, que são quase todas, o sufoco é o mesmo.

O STF puxa a fila, depois de a presidente Dilma e seus ministros terem reajustado seu ganha-pão. Deputados e senadores também fizeram o mesmo. Os demais patamares inferiores, dos ministros dos tribunais superiores, desembargadores e juízes encontraram brechas para obter o mesmo refrigério. Ainda esta semana o pessoal da AGU viu-se agraciado, mais os delegados da Polícia Federal e das polícias estaduais, sem esquecer os procuradores, mesmo tendo ficado de fora os auditores da Receita Federal.

Dizem os favorecidos estar apenas reajustando seus vencimentos com a grave crise econômica que nos assola, mas o povão, como fica? Que se vire, apele para expedientes que vão de sacrifícios familiares e pessoais até a tentação do crime. Essa é a maior explicação para o que levará milhões de brasileiros ao protesto, no próximo domingo. Sobra para a presidente Dilma, como referência maior da crise que nos assola, mas também vai para as poucas camadas que conseguem superar suas dificuldades.

Uma referência ao Supremo Tribunal Federal: dos 11 ministros convidados para jantar no Palácio da Alvorada com a presidente Dilma, compareceram cinco. Sete declinaram. Seria esse o prenúncio de algum julgamento futuro?

Mas voltando a outro assunto, Evidência maior de que o governo bate cabeça, com Madame despencando cada vez mais nas profundezas, está na reunião do conselho político no último domingo. Além do vice Michel Temer, lá estiveram sete ministros.

exceção do vice, com mandato fixo, não cogitaram entregar os cargos Aloísio Mercadante, da Casa Civil, José Eduardo Cardozo, da Justiça, Elizeu Padilha, da Aviação Civil, Nelson Barbosa, do Planejamento, Jacques Wagner, da Defesa, Edinho Silva, da Comunicação Social, e Joaquim Levy, da Fazenda – se é que algum outro compareceu e não está referido.



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