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Michael e Ralf se tornaram únicos irmãos no mesmo pódio na F1

O dia 13 de setembro de 1998, há 20 anos, portanto, foi bastante especial para Michael Schumacher e a torcida da Ferrari. Afinal, o..

Publicado: 13/09/2018 às 10h36

Foto: Divulgação

O dia 13 de setembro de 1998, há 20 anos, portanto, foi bastante especial para Michael Schumacher e a torcida da Ferrari. Afinal, o alemão conquistou uma vitória festejadíssima no templo de Monza, em dobradinha com o companheiro de equipe Eddie Irvine, e ainda por cima com o irmão Ralf na terceira posição. Foi a primeira vez na história da Fórmula 1 que dois irmãos subiam juntos ao pódio de uma corrida.

Mas, se o ambiente foi de alegria após a corrida, antes o clima era de tensão total. A briga pelo título entre Schumacher e Mika Hakkinen seguia acirrada, e o alemão ainda reclamava aos quatro ventos de David Coulthard pelo acidente de duas semanas antes, na Bélgica. Para Schumi, o rival, que estava atrasado na corrida e era retardatário, claramente o havia prejudicado para favorecer o companheiro Hakkinen, que já estava fora da prova.

De qualquer forma, o treino classificatório mostrou uma Ferrari forte e, após a pista úmida no começo da sessão, Schumacher conquistou uma pole position muito importante. E, melhor ainda para ele, Jacques Villeneuve surpreendeu e colocou sua apenas razoável Williams na primeira fila, deixando Hakkinen em terceiro lugar. Schumacher, claro, apostava numa boa largada para seguir na ponta, e, principalmente, que Villeneuve segurasse Hakkinen pelo menos por algumas voltas.

Foto: Divulgação

Mas o plano de corrida de Schumacher foi por água abaixo logo nos primeiros metros de corrida, com uma largada horrorosa do alemão, que caiu de primeiro para quinto. Hakkinen partiu como uma bala e, após um chega pra lá em Villeneuve, assumiu a ponta, seguido pelo companheiro David Coulthard.

Ainda na primeira volta, Schumacher se livrou de Villeneuve. Logo depois, como já era esperado, Irvine abriu para o alemão assumir o terceiro lugar. Mesmo assim, o cenário era terrível para Schumi, já que Hakkinen liderava e uma vitória o faria voltar a disparar na liderança do campeonato.

A previsão para a maioria dos pilotos na rapidíssima corrida em Monza era de apenas um pit stop, mas a estratégia de Coulthard era diferente, com duas paradas. Por isso, Hakkinen cedeu a liderança ao companheiro, que precisava compensar o pit stop extra. No entanto, logo na 17ª volta, antes mesmo de sua primeira parada, o motor Mercedes da McLaren de Coulthard explodiu.

Uma grande nuvem de fumaça se formou, e Mika tomou um enorme susto, tendo de frear para a Variante della Roggia sem enxergar nada. Um pouco mais atrás, Schumi freou em melhores condições e assumiu a ponta na saída da chicane.

Tranquilo, Schumacher partiu para a vitória diante dos enlouquecidos torcedores, enquanto Eddie Irvine completou a dobradinha, a primeira conquistada pela Ferrari em Monza desde 1988, com Gerhard Berger e Michele Alboreto. Ralf Schumacher confirmou o terceiro lugar e, pela primeira vez desde 1950, dois irmãos subiam no mesmo pódio na F1. Mika Hakkinen ainda conseguiu se arrastar para garantir o quarto lugar.

Com estes resultados, Hakkinen e Schumacher estavam empatados na classificação, com 80 pontos, mas o finlandês levava vantagem no número de vitórias (). Faltavam apenas duas provas para o fim da temporada, e tudo levava a crer que Schumi finalmente quebraria o jejum de títulos da Ferrari. Mas aí Hakkinen renasceu, e venceu as últimas duas corridas da temporada para conquistar seu primeiro título mundial.

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