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RONDÔNIA

Moradores da Penal cobram asfalto

Inicialmente serão pavimentados 16 quilômetros. A obra total orça em mais de R$ 26 milhões.

Por Daniela Castelo Branco Diário da Amazônia
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Publicado: 15/05/2017 às 15h39min | Atualizado 15/05/2017 às 16h14min

Asfalto vai contemplar 16 quilômetros da Estrada da Linha 28, a estrada da Penal

Em reunião realizada na manhã da última sexta-feira (12), moradores da rodovia 005, mais conhecida como Estrada da Penal ou Linha 28 de Novembro, se reuniram com os moradores das várias comunidades; São Carlos, Cujubim, Terra Santa, Porto Chuelo, entre outras da redondeza que são afetadas diretamente pela falta de asfalto na estrada.

Eles reivindicam o asfaltamento prometido pelo governo do Estado na  licitação, que determinou a pavimentação da RO-005 de 16 quilômetros, a ser iniciado na Penitenciária Urso Branco, até a Escola Francisco Chiquilito Erse, totalizando 31 quilômetros de asfalto.  A obra é orçada em R$ 26.793.234,93.

As principais reclamações dos moradores da Linha 28 são a poeira, na época da seca, que além de afetar a saúde da população, causando uma série de problemas respiratórios, muitas vezes, é causa de acidentes, já que devido ao grande tráfego de carretas e veículos na estrada, a poeira acaba cobrindo a visibilidade no trânsito e assim, muitos desastres já aconteceram. As carretas levantam muita poeira e cobrem a área de visão dos motoristas. Já na época da chuva, todos já sabem como a rodovia fica: lama, buracos  e crateras promovem o atolamento dos veículos, causando um caos no tráfego normal.

Para essa reunião, a Associação de Produtores Rurais da Linha 28 (Asprol 28) em conjunto com todos os moradores da localidade, solicitaram o comparecimento dos representantes da Comunidade Santa Marcelina, dos portos graneleiros Maggi e Bertolini, empresa Rondonorte, Secretaria Municipal de Obras, Agricultura e Abastecimento , Departamento de Estradas e Rodagem (DER), Departamento  Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), prefeitura e governo do Estado.

Compareceram no entanto, somente representantes do DER, assessores dos deputados Anderson e Léo Moraes, representantes da prefeitura municipal (Semtran) e o chefe do gabinete do governador Confúcio Moura e subsecretário da Casa Civil, Waldemar Cavalcante de Albuquerque.

“Fizemos uma ata no dia 28 de abril acompanhada de um ofício para que esse encontro hoje, pudesse ser feito com essas autoridades. Queremos o asfaltamento de todos os ramais dessa linha, por isso convocamos as autoridades competentes para comparecerem aqui. Se não houver uma promessa dessas benfeitorias, nós vamos fechar a estrada”, destaca  Maria Dilma Carvalho, presidente da Asprol 28.

Estudantes

Quem é muito afetado por esses transtornos são os estudantes das escolas Raimundo Nonato e Deigmar Moraes de Souza, no Cujubim. Muitas vezes, os estudantes não conseguem sequer chegar à escola, pois, o ônibus atola ou fica impedido de atravessar por conta das carretas, e quando chegam, já iniciam as atividades escolares com muito atraso. Além disso, a péssima condição da estrada, oferece riscos à segurança não somente desses alunos, mas para quem trafega rotineiramente pelo trajeto tortuoso.

Igor Dias, 18 anos, estudante da Escola Estadual Raimundo Nonato conta que a rotina do moradores da região é de buracos, poeira e acidentes. Aponta ainda que é muito arriscado dirigir nesse trecho, pois a grande quantidade de poeira levantada pelas carretas, inibe a pouca sinalização da via.
“Recentemente um morador teve a perna arrancada por uma carreta que o atropelou nessa linha”, atesta.
Além disso tudo, o estudante relata que a criminalidade é outro problema grave, por constantes furtos na localidade, devido a existência de muitas fazendas de soja.

O asfalto, segundo o representante do governo, Waldemar Cavalcante, vai contemplar inicialmente 16,43 quilômetros. São mais de R$ 26 bilhões direcionados ao projeto de pavimentação. O projeto total pretendido pelo governo do Estado é de 31 quilômetros.

De acordo ainda com o subchefe da Casa Civil, a obra inicial está oficializada para começar sua execução em 31 de maio, mas por conta dos trâmites da licitação, a expectativa é de que o trecho emergencial – 16 quilômetros, seja pavimentado no mês de junho desse ano.

“14 quilômetros do projeto já está definido e ajustado. Mas a ideia é alocar recursos ano que vem, pois não temos recursos suficientes para esse ano, que deverá ser de R$ 19 bilhões. É uma prioridade, mas inicialmente temos uma situação emergencial que é relativo ao trecho dos percursos das carretas. O DER tem um compromisso com essa região de manter trafegável todo esse trecho”, explicou Waldemar de Albuquerque.



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