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VARIEDADES

Natã moreira vence Style masters contest de 2017

Prêmio Style Masters Contest 2017.

Por Jaylson Vasconcelos Diário da Amazônia
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Publicado: 04/06/2017 às 05h15min | Atualizado 21/08/2018 às 15h04min

Na premiação que aconteceu em Bruxelas no dia 05 de maio, o cabeleireiro rondoniense ficou entre os dez melhores

Natã Moreira, cabeleireiro de Porto Velho, sócio do Black White Studium, venceu o prêmio Style Masters Contest 2017 na categoria Country Winners, em uma premiação que aconteceu na Bélgica o empresário usou referências da cultura local do século 20, do segundo ciclo da borracha.

Natã cresceu em uma família de cabeleireiros, sua trajetória sempre foi dentro do salão da mãe, cabeleireira durante 56 anos, ela que inspirou o filho a seguir a carreira, Natã começou sua carreira em 1992, como assistente no salão Black White, gerenciado na época pelo seu irmão mais velho e sua mãe, desde o começo ele buscou aperfeiçoar-se na profissão, hoje é sócio majoritário do Black White Studium, e ministra cursos profissionalizantes, formando cabeleireiros por todo o Brasil.

Segundo ele, quando aceitou o convite para participar do concurso foi logo olhar quais os requisitos, o nível e a técnica dos penteados e as edições anteriores. Natã precisava desenvolver um conceito para elaborar três penteados, exigência do concurso, que eram: comercial, editorial e Avant-garde. Para a construção dos penteados o cabeleireiro entrou em contato com o professor e historiador Aleks Palitot, e tomou como principal inspiração a Belle Époque.

“A minha preparação não foi muito simples porque eu tive que encontrar um conceito principal para poder desenvolver os penteados e, quando você faz uma coleção de penteados precisa partir de um conceito, eu queria levar algo da região norte, então liguei para o Palitot, que me deu as referências da Belle Époque que teve muita influência aqui na região no primeiro e segundo ciclo da borracha, com uma influencia inglesa e francesa aqui nos trópicos, então criei meus três penteados, tentando traduzir esse conceito para a moda”.

Para compor os penteados, Natã precisou seguir o mesmo corte, ou seja, ele utilizou a mesma textura nas três execuções, a textura utilizada foi a crespa e a esteira que se assemelha as tranças dos cestos indígenas. A ideia do concurso é montar três looks diferentes com o mesmo corte. O primeiro penteado foi o Avant-Garde “de vanguarda” que traz toda a exuberância e exagero das passarelas, o segundo corte foi o editorial, próprios para estampar as capas das revistas, é um penteado um pouco mais contido, mas com muita identidade visual, já o último foi o comercial que é o mais comum de ser encontrado no dia a dia.

Natã enviou os três penteados para o concurso e logo foi selecionado pelos jurados na categoria Country Winners, tendo a oportunidade de concorrer a final do Style Masters, que ocorreu dia 05 de maio, ao qual foi o único brasileiro representando o país. No evento internacional, organizado pela Revlon foram selecioandos os Vencedores em três categorias: Internacional, Melhor Execução ao Vivo e Melhor Look Comercial, assim com o Prémio Jovem Talento, este último, eleitos pelos participantes inscritos em The Style Masters 2017 International Contest. Natã ficou entre os 10 melhores penteados, ganhando o prêmio na categoria Country Winners.

“Como experiência profissional esse prêmio foi muito importante, mas o meu objetivo na verdade era de ter essa experiência. Nesta área de concurso eu ainda não tinha experienciado, então eu queria conhecer esse mundo, outros profissionais e conhecer outras formas artísticas, pra mim foi muito válida a experiência”.

Sobre como percebe as dimensões da profissão, ele explica:

“Eu enxergo a minha profissão por diversos ângulos, um deles e de onde eu tiro o sustento da minha família, mas existe um outro lado que é a parte educacional, então para mim isso se torna algo bem mais delicado, pois, olhando para trás, toda essa minha jornada ministrando cursos, formando cabeleireiros e compartilhando conhecimento, eu consigo enxergar a profissão como algo que vai mais além, bem mais que um simples ganha-pão, eu não me vejo trabalhando em outra coisa que não seja na área, para mim a profissão além de ser minha vida é uma possibilidade de você poder estar sempre compartilhando e ensinando as pessoas um caminho a seguir”.



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