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Diário da Amazônia

Nomeação irregular é questionada pelo MPT

O procurador-geral do Ministério Público do Trabalho, Ronaldo Fleury, concedeu prazo de três dias a partir de quarta-feira (03) para que..

Por Assessoria
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Publicado: 04/01/2018 às 05h40min

O procurador-geral do Ministério Público do Trabalho, Ronaldo Fleury, concedeu prazo de três dias a partir de quarta-feira (03) para que o ministro interino do Trabalho, Helton Yomura, exonere Géssika Tessarolo Balbino de um dos cargos em comissão da Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), para o qual foi nomeada em portaria publicada no Diário Oficial da União do dia 02.

Em notificação recomendatória enviada ao ministro, Fleury alerta que os cargos de assessores na SIT são de “natureza eminentemente técnica” e, de acordo com a convenção 81 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), ratificada pelo Brasil, e o regimento interno do próprio Ministério do Trabalho, só podem ser preenchidos por auditores fiscais de carreira – o que não é o caso da nomeação em questão.

Para Fleury, é preciso preservar o sistema de inspeção do trabalho, atividade de Estado, que não pode ser confundida com qualquer atuação política. “O Ministério Público do Trabalho não permitirá o desmonte da estrutura de inspeção do trabalho”, acrescenta.

O procurador-geral esclarece na própria notificação que o MPT pode adotar medidas judiciais para garantir o cumprimento da regra do regimento interno da pasta, caso a nomeação não seja cancelada.

Fleury ainda solicita que Yomura abstenha-se de nomear, para qualquer cargo de natureza técnica na Secretaria de Inspeção do Trabalho, pessoa que não seja servidor público efetivo e da carreira de auditor fiscal do Trabalho.

Na semana passada, o MPT destacou a importância da edição, pelo Ministério do Trabalho, de nova portaria restabelecendo o conceito de trabalho escravo contemporâneo no País. (PROCURADORIA DO TRABALHO)



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