Porto Velho/RO, 27 Março 2024 08:57:45

Carlos Sperança

coluna

Publicado: 15/01/2017 às 06h30min

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O custo do detento

Como cabeça desocupada é oficina de satanás, e o custo carcerário no País chegou a patamares absurdos, nos últimos dois anos, o..

Como cabeça desocupada é oficina de satanás, e o custo carcerário no País chegou a patamares absurdos, nos últimos dois anos, o Congresso já estuda projeto no sentido de os presos ressarcirem os gastos para o Estado. Proposta neste sentido foi apresentada pelo senador Waldemir Moka (PMDB-MG).

De fato, o custo do detento para os órgãos de segurança tem aumentado demasiadamente nos últimos anos. No Amazonas, por exemplo, onde aconteceram as recentes rebeliões, o custo aos cofres públicos com apenado é de escandalosos R$ 4.129 por mês, ante ao investimento de R$ 2.111 no Estado de Goiás. O valor no Amazonas é quase o dobro da média nacional, em torno de R$ 2.400, enquanto que o Estado de Rondônia tem gasto intermediário, algo em torno de R$ 3 mil.

Foi para mudar esta dispendiosa realidade que o parlamentar decidiu apresentar o projeto de lei obrigando ao preso a trabalhar e ressarcir o Estado com as despesas com sua manutenção no sistema prisional. Ele decidiu apresentar o projeto depois de constatar que um detento custa muito mais para o Brasil do que um estudante na escola pública.

Rota de colisão

Já não é mais surpresa nenhuma que o prefeito Hildon Chaves (PSDB) e o vice Edgar do Boi (PSDC) entraram em rota de colisão. Chaves, que é centralizador e defende os interesses do tucanato, enfrenta seu vice que briga por mais espaço político visando disputar com melhores chances uma cadeira na Câmara dos Deputados, em 2018.

Rusgas com vices

Em Porto Velho já existe uma certa tradição de rusgas entre alcaides e seus vices de asas crescidas. Cláudia Carvalho deu trabalho para Roberto Sobrinho (PT), Dalton di Franco era considerado um traíra pela equipe do então prefeito Mauro Nazif (PSDB) e assim por diante. Ao longo do tempo, muitos vices acabaram sendo tratados pelos titulares a pão e água. Boi que se cuide.

Também no governo

Na prefeitura de Porto Velho dois secretários já levaram um pé, num prazo de apenas 12 dias, e o mandatário do Palácio Tancredo Neves anuncia que outros também poderão seguir o mesmo caminho. No governo do Estado alguns secretários também vão ganhar o olho da rua. Ontem já eram fortes os rumores de que Júlio Olívar (PSB) estava com as horas contadas.

Um acordo

O governador Confúcio Moura (PMDB) e o prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB) entraram em acordo sobre temas espinhosos e que ameaçavam uma relação harmoniosa. Por conta deste tratado de paz, a construção da nova rodoviária e o projeto do esgotamento sanitário ficarão por conta do Estado e em troca o prefeito receberá ajuda para a pavimentação de vários bairros.

Eleição em Guajará

Tendo em vista a impugnação da candidatura do prefeito eleito, Antônio Bento, o município de Guajará-Mirim terá nova eleição e os partidos começam a se preparar para a votação programada para acontecer em 12 de março. A campanha eleitoral na região da fronteira já reabre em fevereiro e o pedetista Rodrigo Nogueira já salta à frente.

Via Direta

*** A ligação terrestre Triângulo/Centro de Porto Velho já ameaça desmoronar com as chuvas intensas dos últimos dias. *** Com tanta brigarada na ALE já não se sabe quem é quem na briga pela cadeira da ex-deputada Glaucione Neri *** A imigração ilegal que só agora investigada pela PF vem de longe *** Na década passada os coiotes traficavam prostitutas rondonienses para a Espanha e Portugal.

 

 


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sobre Carlos Sperança

Um dos maiores colunistas político do Estado de Rondônia. Foi presidente do Sinjor. Foi assessor de comunicação do governador José Bianco entre outros. Mantém uma coluna diária no jornal Diário da Amazônia.

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