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Diário da Amazônia

O mercado de trabalho tem crescimento pífio

O presidente Michel Temer comemorou ontem em São Paulo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), cujo o mês de..

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Publicado: 18/05/2018 às 18h34min

O presidente Michel Temer comemorou ontem em São Paulo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), cujo o mês de abril fechou com 336.855 empregos criados. Os números comemorados ontem pelo Governo Federal são insignificantes se forem comparados com os 13 milhões de brasileiros que estão fora do mercado de trabalho.
É evidente que o Governo Federal tem demonstrado otimismo à população. Afinal de contas, o Brasil está se aproximando do período eleitoral e o MDB, seu partido, está sem opção para pilotar uma candidatura a Presidência da República. Temer entrou para o ranking dos piores presidentes avaliados por institutos de pesquisa.
O setor de serviços foi o principal destaque de março/2018. Foram registradas 574.623 admissões e 517.239 desligamentos, ocasionando saldo de +57.384 postos, correspondendo ao crescimento de +0,34% sobre o mês anterior.  Rondônia fechou o mês de abril com um saldo de 488 novas contratações. Em coparação com o mês passado, foram  pouco mais de 80 novos empregos. Guajará-Mirim, por exemplo, que enfrenta uma crise no setor de transporte, gerou apenas 2 empregos no mês de abril, segundo o Caged. Não há o que comemorar.
Fevereiro foi o único mês do primeiro trimestre que apresentou saldo positivo de empregos em Rondônia. Foram criadas 583 vagas no Estado, uma variação de 0,25% em relação a janeiro. Na época, o Estado apresentou o melhor resultado da região Norte, e o décimo do País. Os setores responsáveis pelo resultado foram os de serviços, com +605 postos, e o da indústria da transformação, com +289.
O único setor que está ajudando a puxar a economia do Brasil e ampliando  o número de empregos, é o agronegócio, com números impressionantes. Os números do Caged poderiam ser melhores, caso o governo investisse corretamente em ações para melhorar as condições das estradas federais. Os caminhoneiros precisam percorrer as péssimas estradas do Norte para chegar aos portos.
Por outro lado, os empresários trabalham no sentido de manter o trabalhador por mais tempo nas empresas e evitar rotatividade. Entendem que essa rotativa traz sérios prejuízos para indústria. O problema maior é o peso da carga tributária. Muitas empresas não conseguem sobreviver por muito tempo e, no começo do ano, sofrem para colocar em dia as obrigações trabalhistas, previdenciárias, além da renovação de taxas, IPTU e outras autorizações de funcionamento. Nunca na história do Brasil o empresário pagou tanto imposto.


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