Edição de hoje nº 7702
A prisão de mais de 50 pessoas, através da operação Lei Seca, nas duas primeiras noites de carnaval em Porto Velho, revela que o cidadão ainda ignora o grande perigo da aliança entre o álcool e direção. Os números ainda não fecharam, mas até a noite de ontem pelo menos uma pessoa morreu vítima de acidente de trânsito e várias pessoas ficaram feridas, superlotando o hospital João Paulo II, na capital.
No primeiro dia de operação Lei Seca, ocorrida na noite da última sexta-feira em Porto Velho, foram presas 13 pessoas e, segundo apurou o Dário, a maioria dos detidos ingeriu bebida alcoólica. Outros motoristas estavam sem habilitação. Apesar de várias campanhas de conscientização ocorridas na semana que antecedeu o período de Carnaval, muitos parece que não deram muita importância sobre o tema.
Na zona Leste de Porto Velho, um pai de família, que trabalhava como mototaxista foi vítima de um acidente de trânsito. Alexandre Ferreira de Souza, 38 anos, seguia na rua Aruba sentido bairro. Foi surpreendido por outro motociclista que seguia no sentido contrário conduzindo uma motocicleta modelo Biz em alta velocidade. Em certo trecho, o condutor da Biz invadiu a pista contrária colidindo frontalmente com o mototaxista. Com a violência da batida, Alexandre teve várias fraturas pelo corpo e traumatismo craniano. Há informações de que o motociclista que estava na Biz teria ingerido bebida alcoólica.
Quem for pego dirigindo bêbado é preso, multado e perde o direito de dirigir. A multa para quem é flagrado dirigindo sob efeito de álcool, infração gravíssima, é de R$ 2.934,70, além da suspensão do direito de dirigir por 12 meses, retenção do veículo até a apresentação de outro condutor habilitado. Em caso de reincidência em menos de 12 meses, o valor da multa dobra.
Parece que a solução emergencial para combater esse tipo de crime é aumentar o valor da multa. O Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e Secretaria Municipal de Transito (Semtran) estão desenvolvendo várias campanhas, mas a população ainda está bem longe de ter consciência que álcool e bebida não combinam e trazem sérias consequências para a família e um grande problema para o governo administrar durante os próximos meses. Unidades de saúde costumam ficar lotadas de pacientes que foram vítimas de acidente de trânsito. A consequência dessa imprudência é um cenário de guerra dentro dos hospitais, com pacientes espalhados até pelos corredores aguardando receber tratamento médico e encaminhamento para outras unidades especializadas.