Polícia realizou operação em regiões onde o crime organizado opera suas ações
Na última terça-feira (6), a Secretaria de Segurança Pública do Estado (Sesdec) divulgou o balanço da operação policial ‘Fronteira Mais Segura’ que foi realizada entre quinta-feira (1°) e domingo (4), nas regiões de Porto Velho, Guajará-Mirim (RO), Costa Marques (RO) e Vilhena (RO). Vinte e sete pessoas foram presas e mais de R$ 1 milhão em produtos ilegais foram apreendidos.
De acordo com a Sesdec, ao longo do ano, serão realizadas mais 11 operações. Os trabalhos complementam as ações preventivas que são realizadas com apoio de instituições e voluntários.
“Ano passado, o governo do Estado deu início a operação ‘Rondônia Mais Segura’, na qual está contemplada a ‘Fronteira Mais Segura’. A ‘Rondônia Mais Segura’ começou a capacitar os agentes de segurança para melhorar a segurança pública através de programas e voluntários para trabalhar questões preventivas”, disse o secretário de segurança, Lioberto Caetano.
Durante coletiva de imprensa, Caetano disse que a operação, que integra o projeto ‘Rondônia Mais Segura’, tem por objetivo fechar o cerco aos narcotraficantes e contrabandistas que utilizam as estradas, os rios e o espaço aéreo de Rondônia como corredores para a infiltração de drogas e armas em benefício do crime organizado.
“Nosso Estado é considerado pela ONU um corredor de drogas e armas, são crimes que, além dos ambientais, vamos combater com rigor”, explicou o secretário.
No total, de acordo com a Sesdec, foram apreendidos 15 quilos de cocaína, 1,27 quilos de ‘crack’ e 155 gramas de maconha. Também foram retiradas das ruas três armas e 80 munições.
Com um suspeito, que alegou ser negociante de gado, os policiais apreenderam R$ 126 mil.
“Quem negocia de forma lícita não transporta tanto dinheiro, ficou evidente que o destino desse montante era o tráfico de drogas”, afirmou o secretário de segurança, acrescentando que o narcotráfico será atacado em diversas pontas, incluindo o combate ao roubo e furto de veículos.
Na mesma operação foram apreendidas 65 toneladas de castanha, avaliadas em mais de R$ 1 milhão, segundo estimou o delegado da Receita Federal (RF), Michel Teodoro, que cooperou com a operação. Segundo ele, as castanhas eram transportadas em uma balsa pelo rio Guaporé, sem nota fiscal.
“O produto será destinado a instituições para benefício da sociedade”, explicou Michel Teodoro. Além da RF, integraram as ações a superintendência da Polícia Rodoviária Federal, a Agência Fluvial de Guajará-Mirim e a 17ª Brigada de Infantaria de Selva.
O general de Brigada, José Eduardo Leal de Oliveira, comandante da 17ª Brigada de Infantaria de Selva, também cooperou com a operação e disse que o Exército já realiza operações pontuais na faixa de fronteira, mas ressaltou a importância da iniciativa dizendo que, com as ações conjuntas, o combate ao crime organizado é mais eficaz. “Somos parceiros certos e contumazes paras estas operações”, destacou.
