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PLANTÃO DE POLÍCIA

Operação conjunta prende quadrilha

Operação prende quadrilha que furtou 5 motos da sede da PF em Rondônia.

Por Redação Diário da Amazônia
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Publicado: 22/01/2017 às 06h10min

Delegado da PF e Civil e capitão da Marinha falam sobre operação

A Polícia Federal (PF) revelou, na última sexta-feira (20), que também foi alvo de uma quadrilha especializada em furtar instituições públicas em Guajará-Mirim (RO), na fronteira com a Bolívia. Conforme a PF, no mês de dezembro os criminosos entraram no pátio do órgão e furtaram cinco motocicletas que estavam estacionadas. Destas, apenas duas foram recuperadas até agora.

A revelação do crime aconteceu na sexta-feira, após a PF deflagrar a Operação Êxodo 22, em apoio com a Polícia Civil e a Marinha do Brasil. Durante a ação para prender a quadrilha que furtou vários órgãos públicos de Guajará, inclusive a PF, foram cumpridos 12 mandados de prisão e seis de busca e apreensão.

De acordo com a PF, na sexta-feira foram apreendidos um carro que era utilizado pelos bandidos, um motor de barco e diversos bens. A operação recebeu o nome de Êxodo 22 por conta de uma passagem bíblica que fala sobre os crimes contra o patrimônio. No total, 35 agentes das três instituições participaram das prisões e apreensões realizadas especificamente no bairro Triângulo, onde a quadrilha atuava.

Também foi apreendido um menor de 15 anos, que foi convidado para prestar depoimento junto com o responsável na sede da PF.

Crimes

A organização criminosa era responsável por vários crimes na região de fronteira, como furtos e roubos de veículos e motores de embarcações. Conforme a PF, o grupo se especializou também em invadir órgãos públicos federais e estaduais, além de contrabandear os produtos dos delitos para a cidade boliviana de Guayaramerín, município da Bolívia que faz fronteira com Guajará-Mirim.

Posteriormente esses produtos eram convertidos em drogas e armas para serem enviados de volta para Guajará-Mirim e também para a capital.

Durante uma coletiva de imprensa no prédio da PF, o delegado de Polícia Federal Heliel Martins, junto com o delegado de Polícia Civil Lawrence Lachi e o comandante da Marinha, capitão-tenente Henrique Neves, falaram sobre as investigações que iniciaram no dia 19 dezembro de 2016 e os trabalhos ostensivos.

Nesse período, dez pessoas foram presas e também foram apreendidos 5 mil litros de combustível contrabandeados, 12 caixas com pacotes de cigarros, dois quilos de cocaína, 12 motores de barcos, 1,2 mil CD’s e DVD’s, três carros, cinco motos, sete bicicletas, 150 frascos de solução de bateria, entre outros bens.

“Eles atuavam no bairro Triângulo. A partir de uma liderança, os envolvidos praticavam os crimes e encaminhavam os produtos de furto e roubo para a Bolívia, se valendo dos portos clandestinos às margens do rio Mamoré. Lamentavelmente utilizam menores de idade para praticarem esses delitos e para auxiliarem na travessia dos bens”, declarou Martins, delegado da PF.

“Nos últimos seis meses de 2016, o número de crimes cresceu muito em Guajará-Mirim. Estava tudo interligado com essa quadrilha. Essa ação visa acabar com esse grupo que se especializou em furtar, roubar e contrabandear veículos na fronteira. Estamos trabalhando para inibir essa prática e trazer de volta para o município a sensação de segurança e justiça”, comenta Lawrence, delegado de Polícia Civil.

Já o capitão-tenente Henrique Neves, da Marinha, disse que o órgão está empenhado em combater os crimes transfronteiriços e ambientais, e que diariamente são feitas apreensões de produtos contrabandeados no rio Mamoré.

“Fazemos esse trabalho todos os dias e entregamos à Receita Federal todo o material apreendido. É importante fortalecer a segurança na fronteira para garantir que os crimes não sejam praticados nessa área”, ressalta.

Ainda de acordo com a PF, o líder da quadrilha foi encaminhado para o presídio de Nova Mamoré (RO). Já os demais envolvidos foram conduzidos para a Casa de Detenção do município. Se condenados pela Justiça, alguns dos criminosos podem cumprir pena de mais de 20 anos de reclusão.

As investigações continuarão por tempo indeterminado na área fronteiriça, com parceria de todos os órgãos de segurança pública. O objetivo é prender os demais integrantes da organização que ainda não foram localizados. (Informações G1)



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